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Cena do filme "Um Louco Apaixonado" | Divulgação
Cena do filme "Um Louco Apaixonado"| Foto: Divulgação

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O Diabo Veste Prada ganha uma versão masculina e menos sagaz, que atende pelo nome de Um Louco Apaixonado, comédia estreando em circuito nacional. Baseado no livro de memórias Como Perder Amigos e Alienar Pessoas, do jornalista inglês Toby Young, o filme traz como protagonista um repórter de revistas de celebridades que se muda da Inglaterra para os EUA.

Toby Young começou fazendo jornalismo na Inglaterra, onde criticava e gozava de tudo - menos de si mesmo. Anos depois, foi para a famosa revista Vanity Fair, em Nova York, onde descobriu que o mundo das celebridades e glamour é muito mais perigoso do que fascinante. No filme, o personagem ganha o nome de Sidney Young e é interpretado pelo ator inglês Simon Pegg (Todo Mundo Quase Morto).

O Young da ficção chega a Nova York para trabalhar na revista Sharps, sob a chefia de Clayton Harding (Jeff Bridges, de Homem de Ferro), um sujeito tão pedante quanto mandão. Sidney, por sua vez, só faz besteiras. Não que alguém se importe com isso, pois o filme o pinta como um sujeito tão arrogante, tão cheio de si, que é até difícil ter simpatia pelo personagem.

Sidney descobrirá os altos e baixos da carreira, percebendo que a maioria das matérias têm, em algum momento, o dedo dos poderosos relações públicas. A mais importante nessa área é Eleanor Johnson (Gillian Anderson, a Dana Scully, da série Arquivo X), que vive colocando seus clientes nas páginas da Sharps.

A estrelinha em ascensão Sophie Maes (Megan Fox, de Transformers) é a principal dos artistas representados por Eleanor. A moça acaba de ser indicada a um prêmio por ter interpretado uma jovem e apaixonada Madre Teresa de Calcutá no cinema. Bonita e sensual, torna-se objeto de desejo de Sidney, que poderá fazer o jogo da RP só para conseguir a atenção da moça.

Uma referência que aparece mais de uma vez em Um Louco Apaixonado é o clássico A Doce Vida, de Federico Fellini. No filme italiano, um jornalista (Marcello Mastroianni) desvendava o mundo das celebridades. Claramente, aqui o diretor Robert B. Weide (da série Curb your Enthusiasm) investe em algo parecido, que, levemente, poderia se chamar de sátira. Mas a veia cômica dele não funciona tão bem e raramente os diálogos e situações fazem realmente rir.

Completando o quadro, estão personagens planos, que mais parecem caricaturas do que seres humanos. A única a tentar injetar alguma humanidade em seu personagem é Kirsten Dunst (de Homem-Aranha), mas ela acaba sendo uma voz solitária em meio a tanta gente lutando para parecer artificial.

Como seu protagonista, Um Louco Apaixonado esforça-se demais para ser o que não é e perde a chance de ser aquilo que poderia ser. As conexões entre personagens e acontecimentos, por exemplo, sempre parecem forçadas. No fim, nada faz muito sentido, nem mesmo uma sessão de A Doce Vida vista por personagens do filme num parque em Nova York, ainda mais, sem legendas.

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