Enedina Alves Marques foi a primeira engenheira negra do Brasil e, não por acaso, o nome citado no texto que apresentou ao público uma das principais atrações da Corrente Cultural 2015. Nem o cinza quase molhado da manhã deste domingo (8) foi capaz de encobrir os ecos que o rapper Emicida encontrou em Curitiba.
“Aqui todo dia vai ser 20 de novembro”, bradou o paulistano com braço erguido e punho fechado, em provocação à não adesão da capital paranaense ao Feriado do Dia da Consciência Negra.
Mascarado, o rapper subiu ao palco Hard Rock, na Boca Maldita, com dez minutos de atraso e um time formado por cinco músicos. O arsenal de versos de protesto funcionou em plena confluência com o público, que entre faixas e adesivos manifestava o grito “Fora, Cunha”.
Para abrir o show, a faixa “Boa Esperança” estourou os grave e as rimas saíram ruidosas pelas caixas, mas o público ajudou cantando em uníssono os reclames cirúrgicos da música (“e os camburão o que são?/ negreiros a retraficar”).
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A roqueira Pitty embala o público da Boca Maldita, composto principalmente por jovens.
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Multidão aguarda Pitty na Boca Maldita.
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Na Boca Maldita, Diogo Nogueira se apresenta ao lado da Orquestra À Base de Cordas.
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Público lotou a Boca Maldita para assistir a esse encontro.
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Emicida abriu o Palco Boca Maldita no fim da manhã de domingo.
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Produção do show estima que entre 10 e 15 mil pessoas assistiram Emicida.
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Rapper Emicida levantou o público, que cantou em coro as músicas.
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Friozinho típico de Curitiba não desanimou o público, estimado entre 10 e 15 mil pessoas.
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Show teve protesto contra Eduardo Cunha.
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Lemoskine no palco Ruínas.
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Curitibanos compareceram em peso no último dia de Corrente Cultural.
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Crianças se divertiram, apesar do tempo instável e do frio da manhã.
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O vocalista da Big Time Orchestra, Franco anima o público da Boca Maldita.
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A animação da Big Time Orchestra contagiou o público na Boca Maldita
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Big Time Orchestra fez releituras de sucessos do rock na Boca Maldita
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No repertório da Big Time entraram canções de Guns N’Roses, Rolling Stones e White Stripes, entre outros grandes nomes do rock
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Big Time Orchestra animou a tarde fria do último dia de Corrente Cultural na Boca Maldita.
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Público animado durante o show da Big Time Orchestra na Boca Maldita.
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Jenni Mosello cativou o público tocando “Something” dos Beatles no palco Ruínas.
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Jenni Mosello foi a terceira atração do dia no Palco Ruínas, no São Francisco
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Jenni Mosello foi a terceira atração do dia no Palco Ruínas, no São Francisco
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Jenni Mosello foi a terceira atração do dia no Palco Ruínas, no São Francisco
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Público foi ao Palco Ruínas para conferir show de Jenni Mosello
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TUC ficou lotado para a apresentação da Banda Gentileza, na tarde deste domingo
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TUC ficou lotado para a apresentação da Banda Gentileza, na tarde deste domingo
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TUC ficou lotado para a apresentação da Banda Gentileza, na tarde deste domingo
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Os veteranos da Relespública lotaram as arquibancadas do Palco Ruínas na tarde deste domingo (8)
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Naked Girls & Aeroplanes na Corrente Cultural 2015.
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Namorada Belga faz o penúltimo show do TUC.
Na sequência, o som ganhou nitidez e veio “Bang!”, com arranjo predominantemente percussivo, “Gueto”, que reverencia o funk carioca, e “Hoje Cedo”, que emocionou. Todas do primeiro álbum do artista, “O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui”, lançado em 2013.
O punho se ergueu mais uma vez para lembrar que “a carne negra continua sendo a mais barata do mercado”. Foi uma citação à música “A Carne”, conhecida na voz de Elza Soares, e um prólogo para “Chapa!”, do recém-lançado disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa”. Nessa, a banda usou instrumentos acústicos e um solo de cavaco desaguou em “Preciso Me Encontrar”, de Cartola.
De volta com os elétricos plugados, veio a sombria “Zica Vai Lá”, única faixa da mixtape “Doozicabraba e a Revolução Silenciosa” (2011) a entrar no repertório, e “Mandume”, a mais festiva do show.
“No lugar de fingir que vamos embora e voltar, vamos só ficar”. O show terminou com as músicas “Casa”, “Levanta e Anda” e sem bis. No fim, Emicida deu uma palhinha no surdo da percussão e teve tempo de dizer que “as páginas são brancas, mas a história é preta”. Enedina ficaria orgulhosa.
