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Irmãos  vão participar da The Summer Slaughter Tour, que percorre os Estados Unidos até agosto. | /Divulgação
Irmãos vão participar da The Summer Slaughter Tour, que percorre os Estados Unidos até agosto.| Foto: /Divulgação

O Krisiun demorou quatro anos para voltar a estúdio após “The Great Execution” (2011), o nono disco, com mais de uma hora de duração. O trio gaúcho de death metal, que costumava lançar álbuns com intervalo de dois ou três anos, resolveu dar um tempo maior para que o público digerisse o álbum, que primava por muitas variações técnicas. Foi aclamado como um dos melhores discos de metal e do trio, que por sua vez é um dos principais representantes dessa vertente do metal. “Forged in Fury” (2015), o sucessor que os irmãos Alex Camargo (baixo e voz), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) apresentam neste sábado no Espaço Cult, em Curitiba, vai pelo mesmo caminho. (Veja programação completa no Guia Gazeta do Povo)

“A pausa maior foi algo pensado pela banda. Depois de nove discos lançados nas costas, a gente pôde demorar um pouco mais. Mas não ficamos parados, focamos nos shows e crescemos muito como banda”, conta o baterista.

Em “Forged in Fury”, os gaúchos de Ijuí voltaram a trabalhar com o americano Erik Rutan, produtor do terceiro disco, “Conquerors of Armageddon” (2000). Eles vinham de uma sequência de colaborações com o alemão Andy Classen (engenheiro de som de “Conquerors...” e produtor de “AssassiNation” [2006], “Southern Storm” [2008] e “The Great Execution”).

“Cada produtor trabalha de uma forma, mas a ideia do Krisiun é a mesma: ter uma sonoridade o mais natural possível. Um som praticamente ao vivo, mas pesado e sujo. Esse equilíbrio os dois produtores dão, mas o Erik conseguiu, nesse disco, um pouco mais de ambiência, em salas de gravação maiores. No meu caso, o som da bateria ficou mais ‘gordo’ e orgânico”, avalia Max, sobre a mudança dos estúdios de Classen, em Borgentreich, na Alemanha, para a Flórida, base de Rutan.

Gauchesco

No novo disco, a banda, que completa 26 anos de carreira em 2016, também fez reverência às raízes sulistas. “Milonga de la Muerte”, um tema de violão acústico, contou com a participação do violonista e arranjador Luque Barros, amigo de infância dos irmãos Camargo Kolesne. “É uma influência da música gauchesca, que meu pai ouvia e nós gostamos até hoje. É um estilo que tem melodia, mas também muita agressividade”, conta Max.

Agenda internacional cheia

O show de Curitiba, que tem abertura das bandas de metal extremo Doomsday Ceremony, Imperious Malevolence e Rot Remains, é o último no Brasil antes da turnê americana. No fim do mês, os irmãos já estarão excursionando pelos Estados Unidos com a “The Summer Slaughter Tour”, que também tem Cannibal Corpse e Nile no line-up. O festival começa em Fort Lauderdale, na Flórida, e termina em Atlanta, na Geórgia, em agosto.

Em setembro, a agenda é caótica: fazem shows na Alemanha e na Suíça e voltam para apresentação no Rio, no dia 17. Em outubro, voltam à Europa (onde também excursionaram entre abril e maio) para apresentações ao lado das bandas Dark Funeral (Suécia) e Deserted Fear (Alemanha).

Reconhecidos internacionalmente, eles foram até citados pelo baterista do Black Sabbath, Bill Ward, como nomes atuais que ele costuma ouvir. “É tudo coisa boa, são formas de tocar muito impressionantes”, disse o músico sobre o Krisiun e bandas como Crytopsy e Arch Enemy, em entrevista concedida ao site Hellbound, em 2013.

O trio, que respondeu que era uma “honra imensurável” ser lembrado por Ward, também costuma fazer covers do Sabbath – “Electric Funeral” é uma das faixas bônus de “Forged in Fury”. A aposentadoria da banda britânica, que vem a Curitiba com a “The End Tour” em novembro, não é encarada com tristeza por Max. “Eu acho que é natural. Você tem que seguir enquanto está com o espírito de realmente estar em uma banda. Tem muita pressão de se apresentar uma performance musical boa. E eles praticamente criaram o metal. A música deles já está eternizada”, acredita o baterista.

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