• Carregando...
No espetáculo "A Arte do Insulto", o humorista Rafinha Bastos faz piadas sobre assuntos polêmicos | Matheus Dias/Divulgação
No espetáculo "A Arte do Insulto", o humorista Rafinha Bastos faz piadas sobre assuntos polêmicos| Foto: Matheus Dias/Divulgação

Programe-se

Confira o serviço do show de comédia A Arte do Insulto, com Rafinha Bastos

Em nova temporada em Curitiba, Rafinha Bastos, 32 anos, apresenta neste domingo (15) o show de comédia A Arte do Insulto, no Embratel Convention Center, no Shopping Estação. O apresentador do Custe o Que Custar (CQC), da Band, faz piadas baseadas na sua observação do dia-a-dia e até de temas nada convencionais como a pena de morte, suicídio e o coma. "Não quero ofender ninguém. Apresento um espetáculo não convencional de humor. Trato de assuntos que podem ser insultuosos. O objetivo é divertir, mas sem ofender ninguém", afirmou Rafinha, em entrevista à Gazeta do Povo.

O humorista se apresentará durante 60 minutos para uma plateia de duas mil pessoas. "Tudo o que levo para o palco é criado por mim. No show, reúno uma série de textos que venho fazendo há mais de quatro anos. Faz muito tempo que quero que chegue esse show. Gosto muito de Curitiba", disse.

Sobre o assédio do público durante as apresentações, o humorista garante que não se sente incomodado com gritos e possíveis insinuações das fãs. "Acontece das fãs gritarem. Isso vira piada durante a apresentação. Na verdade, nada atrapalha. Tudo vira piada. Tenho que estar preparado para qualquer estímulo", afirmou.

Na entrevista, Rafinha Bastos foi enfático ao desmentir a fama de mal-humorado. "Não sou um piadista. Não passo o tempo inteiro tentando fazer os outros rirem. Essa é a minha profissão. Sou um cara mais fechado e mais reservado, mas não sou mal-humorado", garantiu. Confira a seguir a entrevista completa com Rafinha Bastos:

Como você define o espetáculo "A Arte do Insulto"?

É um espetáculo de stand-up comedy onde reúno uma série de piadas que venho fazendo há mais de quatro anos. Falo do cotidiano, de coisas que todo mundo vive no dia-a-dia.

Você considera o insulto uma arte?

Não. Meu espetáculo não tem o objetivo de insultar ninguém. Coloquei esse nome para preparar o público para um espetáculo não convencional de humor. Trato de uma série de assuntos que podem ser insultuosos, mas não quero ofender ninguém. Apenas faço questão de expor minhas opiniões de uma maneira divertida.

Quais são os temas insultuosos que você apresentará em Curitiba?

Falo de religião e de pena de morte, por exemplo. Mas não é um espetáculo onde fico divagando sobre assuntos importantes. O objetivo do espetáculo é nada mais do que divertir.

Qual assunto prefere abordar?

Não tenho um preferido. Há textos que eu gosto mais e outros menos. Isso varia muito. Há momento que gosto de fazer piadas sobre preguiça. Em outros, falo mais sobre televisão. Tudo se mistura muito.

E qual insulto diverte mais a plateia?

Varia muito de plateia para plateia, de cidade para cidade. Não tem algo que seja a melhor parte do show. Há plateias que riem mais de coisas sobre sexo e outras sobre política.

Você já apresentou o espetáculo em Curitiba. Qual assunto mais diverte o curitibano?

O curitibano é um povo muito divertido, apesar de muita gente dizer que é um povo fechado e que não gosta de rir. Isso não tem muito sentido. Para mim, é um povo muito exigente e inteligente. E geralmente gosta de piadas mais elaboradas.

O que mudou no espetáculo desde a primeira apresentação há três anos?

O conteúdo do espetáculo mudou muito. Foi amadurecendo. O conteúdo ainda é muito parecido com o inicial, mas vou fazendo pequenos acréscimos e cortando algumas coisas. Tudo é base do teste, do acerto e do erro. Não tem algo que eu possa destacar na mudança. Vejo fitas de quando comecei a fazê-lo e noto que agora está completamente diferente.

Como você faz a pesquisa para elaborar o roteiro? De qual fonte você bebe?

Daquilo que faz parte do dia-a-dia. Faço piadas sobre assuntos que leio no jornal ou veio na televisão. Tudo pode virar piada.

Quando nasceu o humorista Rafinha Bastos? Quando se descobriu como humorista?

Acho que o "cara" nasce comediante. Sempre fui muito observador e gostava de escrever. Hoje, tenho oportunidade de fazer comédia com as minhas observações. Não poderia estar num lugar melhor.

É verdade que você é um cara mal-humorado?

Não. Eu não sou um piadista. Não passo o tempo inteiro fazendo os outros rirem. Essa é minha profissão. Sou mais fechado e reservado, mas não mal-humorado. As pessoas têm essa visão até me verem no palco.

O que tira seu humor?

Calor e fome.

Depois do sucesso do CQC, como o público reage ao encontrá-lo na rua?

O CQC tem uma receptividade muito boa. Todas as abordagens que recebo são positivas. Não tenho do que reclamar. Estou numa fase em que posso caminhar tranquilamente na rua. Tenho a popularidade que queria.

Que humorista brasileiro você admira?

Marcelo Mansfield. Ele é meu amigo e um excelente comediante. A primeira vez que subi ao palco foi ao lado dele. Devo muito da minha carreira a esse cara. Ele me ajuda até hoje.

Você vai se apresentar para uma plateia de duas mil pessoas em Curitiba. Já se fez apresentações para uma plateia desse porte?

Já fiz espetáculos que somando as sessões o público total era de 3.500 pessoas. Um show só para tanta gente, eu ainda não fiz. Será a primeira vez. Vai ser muito legal. Faz muito tempo que espero esse show. Primeiro porque eu gosto muito de Curitiba.

É difícil prender a atenção de tanta gente durante a peça?

Na verdade, as pessoas vão dispostas a me ouvir. Isso facilita o contato. Não creio que será muito diferente das apresentações habituais.

O que você faz quando percebe que o público está disperso?

A gente vai aprendendo aos poucos as coisas que tornam o público mais próximo durante a apresentação. Quando estou falando e a plateia não reage, eu mudo o completamente o assunto.

No espetáculo, quanto é improvisação e quanto é roteiro?

Tem improviso, mas a base do espetáculo é o roteiro. O improviso vem em diferentes doses dependendo da apresentação. Tenho um roteiro que eu escrevi e o sigo. Tudo que levo para o palco é criado por mim.

Durante a apresentação acontece de fãs gritarem "Rafinha você é lindo", por exemplo? Atrapalha?

Acontece. Vira piada durante a apresentação. Agora, "Rafinha lindo" é meio difícil de acontecer. Brincadeira... Mas alguém gritar, pode. Nada atrapalha. Tenho que estar preparado para qualquer estímulo.

Você trabalhou como ator antes do CQC. Quanto isso te ajudou no seu trabalho como humorista?

Tanto minha formação de jornalista como a de ator ajudaram no trabalho que faço hoje no palco. Em cima do palco, tenho 30 % de ator e 70% de criador.

Você se considera mais ator, humorista ou jornalista? Qual a sua grande paixão?

Humorista. É a minha grande ocupação. Faço humor quando estou atuando ou fazendo jornalismo. Eu não sou um comediante.

Você faz alguma preparação antes de subir ao palco?

Absolutamente nada. Gosto de chegar em cima da hora para me apresentar.

COMENTE - Você vai ao show do Rafinha Bastos? Clique no ícone "Comente" que aparece no topo e no final da página e cadastre seu comentário sobre o show de comédia.

Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]