Cinco anos depois do seu último disco de inéditas, o bem-sucedido Ode to J. Smith, lançado em 2008, a banda escocesa de "pós-britpop" Travis volta com Where You Stand anunciado no material de divulgação da Sony Music como "o melhor álbum do grupo até hoje", superando inclusive o arrasa-quarteirão The Man Who, de 1999.
O começo do disco de fato é promissor: as cinco primeiras músicas "Mother", "Moving", "Reminder", "Where You Stand" e "Warning Sign" são agradáveis, sem abusar da fofurice. Com destaque para "Moving", uma balada feita sob medida para a voz de veludo de Fran Healy. "Reminder", por sua vez, tem elementos de bandas mais modernas, como Arcade Fire e Of Monsters and Men. A faixa-título (e primeiro single) também resgata bons momentos do quarteto de Glasgow, enquanto "Mother" a canção que abre o álbum mostra uma aproximação com o folk e um certo "sangue nos olhos" bastante bem-vindo ao Travis.
A partir da faixa número seis, "Another Guy", no entanto, Where You Stand desce a ladeira. O disco vai ficando cada vez mais maçante e meloso, até se "desmilinguir" nas chatíssimas "Boxes" e "The Big Screen". Muito pouco para aquele que se pretendia "o melhor álbum dos caras até hoje", sem falar que mesmo a parte que se salva do trabalho está a anos-luz de distância de The Man Who, que apresentou a banda ao mundo com algumas pedras preciosas do cool rock, como "Writing to Reach You", "Driftwood", "Why Does It Always Rain on Me" e "Turn".
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