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Karol está finalizando seu primeiro disco | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Karol está finalizando seu primeiro disco| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

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Karol Conka convida Emicida. Amanhã, às 21 horas.

Karol Conka convida Kamau. Dia 17, às 21 horas.

Teatro do Paiol (Largo Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. R$ 25 e R$ 12,50 (meia-entrada). Sujeito a lotação.

Acostumada a shows movimentados em casas noturnas, embalados pelo som alegre do rap pop que faz, a curitibana Karol Conka quer aproveitar ao máximo o espaço intimista do Teatro do Paiol, que recebe duas apresentações suas amanhã e neste sábado (veja o serviço completo dos shows no Guia Gazeta do Povo).

Contando com a participação de outros dois dos principais nomes do rap brasileiro, Emicida (amanhã) e Kamau (no sábado), e com as bases de suas músicas tocadas com instrumentação ao vivo, a cantora diz querer fazer do teatro, que nunca tinha recebido um show do gênero, a sala de sua casa.

"Me sinto privilegiada. Sempre tive uma grande admiração pelo Paiol", conta Karol, sobre estar desbravando o espaço. "Acho que um público que não vai nas baladas em que venho tocando vai conhecer a Karol Conka. É legal para mostrar que o meu trabalho tem um conceito."

Outras razões deixam a cantora à vontade no Paiol e sua mítica como reduto histórico da MPB. Alguns dos nomes que já passaram por ali, como Djavan, fizeram parte do berço musical da cantora antes de sua guinada definitiva para o rap, na adolescência – o início de uma carreira que está chamando a atenção do país há mais de um ano.

Fértil

Misturando o pop internacional com influências brasileiras, em uma fértil parceria com o produtor Nave Beats, e falando em temáticas otimistas e livres do engajamento social relacionado ao rap, Karol vem se apresentando do Sul até o Amapá – onde, recentemente, dividiu o palco com atrações que iam de Teatro Mágico a Pepeu Gomes.

A turnê vem servindo como fonte de pesquisa para o disco que Karol lança no fim deste ano (ou início de 2013), Batuk Freak – que tem letras "sérias", mas que destaca novamente seu lado festivo.

"Já sofri na vida. Reclamam que não falo isso nas minhas músicas, mas não gosto de ficar passando essa tristeza", diz Karol, que se refere com bom-humor ao Alto Boqueirão, onde nasceu em 1987, como o seu gueto.

Os convidados dos shows de Karol, Emicida e Kamau, chancelam a escolha da cantora, potencialmente polêmica na cena do rap. Ambos trabalham com um discurso politizados. Cada um canta uma música de seus respectivos repertórios e faz um duo com Karol.

"É bacana, porque eles gostam do meu estilo de rap assim como gosto do estilo. É legal misturar e mostrar que a gente pode tudo no rap", conta Karol. "Podemos falar sobre o que quisermos, conversar com quem quisermos. A minha mensagem é: ‘Se liberta’."

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