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Adriana Calcanhoto: composições influenciadas por João Gilberto, Cartola e Paulinho da Viola | Caroline Bittencourt / Divulgação
Adriana Calcanhoto: composições influenciadas por João Gilberto, Cartola e Paulinho da Viola| Foto: Caroline Bittencourt / Divulgação

"Eu fiquei impressionada como o samba fascina e atrai as pessoas. Não esperava que tanta gente fosse aos shows."

Adriana Calcanhoto, cantora.

Programe-se

Micróbio do Samba

Teatro Guaíra (R. XV de Novembro, 971 – Centro), (41) 3322-8191. Sábado, dia 25, às 21 horas. Ingressos a R$ 120 (todos os setores) e R$ 60 (meia-entrada). Classificação indicativa: livre.

Vestida de preto e utilizando instrumentos nada comuns, como secador de cabelo, prato e faca, a cantora Adriana Calcanhotto volta à estrada para apresentar seu novo trabalho, Micróbio do Samba, cujo show chega a Curitiba neste sábado (25). O projeto nasceu sem intenção e muito menos pretensão de virar CD, turnê internacional e DVD. É o primeiro álbum que mostra uma Adriana imersa no ritmo do samba e com composições influenciadas por João Gilberto, Cartola, Paulinho da Viola e Lupicínio Rodrigues.

No entanto, o samba não é a maior novidade nesses 22 anos de carreira da artista: o gênero está no seu DNA, e isso explica o título do álbum lançado em 2011. Quem conhece o trabalho da cantora gaúcha sabe que ela já fez alguns passeios pelo gênero em parcerias com Marisa Monte e Mart’nália. "Este é o primeiro trabalho que faço inteiro com composições de samba, mas o gênero sempre influenciou a minha carreira", conta a cantora, que não quer ser vista como sambista. "Micróbio do Samba é um disco de aceitação, não tenho intenção de me lançar como uma sambista."

O show que agora chega a Curitiba é uma reunião de composições feitas nos últimos quatro anos e que "sem querer" ganharam arranjos empolgantes. A demora do lançamento se deve à resistência que a cantora tinha em mostrar o trabalho a outras pessoas. "Me dei conta de que tinha uma safra de sambas e foi nesse momento que resolvi registrar internamente e mostrar apenas para a minha editora", explicou Adriana. Foi a partir desse registro que novas ideias surgiram e o álbum começou a ser produzido. Com a ajuda de Domenico Lancelotti e Alberto Continentino o trabalho começou a fluir e inovações sonoras foram aparecendo. "Quando o Domenico deu a ideia de colocar o surdo da bateria deitado no chão, ao invés de ficar em pé, e outras inovações foram aparecendo, me dei conta de que era possível arriscar e tentar um novo trabalho."

Depois do lançamento do álbum, os sambas ganharam ainda mais sonoridade em cima dos palcos. Após a recuperação de uma cirurgia no punho direito, a artista fez uma microturnê pela Itália, Portugal e Japão. "Eu fiquei impressionada como o samba fascina e atrai as pessoas. Não esperava que tanta gente fosse aos shows", diz a cantora. Mesmo com a impossibilidade de tocar seu instrumento preferido, o violão, ela abusa da criatividade e da liberdade no palco para misturar e incluir novos sons.

Reencontro

Após cinco anos, Adriana Calcanhotto volta ao palco do Teatro Guaíra neste sábado (25). A apresentação marca o reencontro da cantora com a banda depois de um mês sem apresentações. "Nós estamos com muita saudade de tocarmos juntos e com muita vontade de voltar a tocar esse trabalho tão prazeroso e empolgante", revela.

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