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Kathryn Bigelow levou duas estatuetas: melhor direção e filme. Ela é também uma das produtoras de Guerra ao Terror |
Kathryn Bigelow levou duas estatuetas: melhor direção e filme. Ela é também uma das produtoras de Guerra ao Terror| Foto:

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  • Jeff Bridges levantou a estatueta sobre a cabeça e agradeceu os pais
  • Melhor atriz: Sandra Bullock provou ser mais do que
  • A atriz Charlize Theron foi uma das mais belas no tapete vermelho do Oscar 2010
  • Palco do Kodak Theater, em Hollywood, local da 82º cerimônia do Oscar
  • A atriz Penelope Cruz chega ao tapete vermelho do Oscar 2010
  • Kathryn Bigelow foi a primeira mulher da história a ganhar o Oscar de melhor direção
  • Joe Letteri, Stephen Rosenbaum, Richard Baneham e Andrew R. Jones comemoram o Oscar de melhores efeitos visuais por
  • Christoph Waltz conquista Oscar de melhor ator coadjuvante
  • O diretor Juan Jose Campanella com o Oscar de melhor filme estrangeiro pelo longa-metragem argentino
  • Pete Docter comemora o Oscar de melhor animação por
  • MoNique comemora Oscar de melhor atriz coadjuvante
  • Vencedores de melhor filme Mark Boal, Kathryn Bigelow e Greg Shapiro por
  • Christoph Waltz, uma das maiores barbadas da noite, levou o Oscar de melhor ator coadjuvante
  • Confira a lista completa dos vencedores do Oscar 2010

"E a hora chegou." Com essa frase, a atriz, diretora e cantora Barbra Streisand anunciou, na madrugada de ontem (horário de Brasília) que a vencedora do Oscar de melhor direção era a californiana Kathryn Bigelow, por seu vigoroso trabalho em Guerra ao Terror. Foi um momento histórico: em 82 edições do prêmio mais importante do cinema, nenhuma mu­­lher havia conquistado essa estatueta, embora três outras já a ti­­vessem disputado: Lina Wert­­müller, Jane Campion e Sofia Cop­­pola. Portanto, quando, mi­­nutos mais tarde, o ator Tom Hanks abriu o envelope e revelou que o longa de Kathryn era o vencedor da estatueta de melhor filme, já estava claro que, pelo menos para a Academia, Avatar não traduziria em Oscars os quase US$ 3 bilhões acumulados em bilheteria ao redor do mundo.

Guerra ao Terror, produção independente lançada sem muito alarde no primeiro semestre de 2009, provou que Davi pode, sim, derrubar o gigante Golias, mesmo quando o campo de batalha é Hollywood. Na esteira de uma sucessão de prêmios da crítica, o longa de Kathryn Bigelow conquistou os votantes da Academia ao retratar a Guerra do Iraque de um ponto de vista muito particular e crítico: usa como microcosmo um esquadrão antibombas que vive sob eterna pressão num território literal e figurativamente minado. Nem mesmo nos Estados Unidos a presença norte-americana no país do Oriente Médio é vista hoje em dia com bons olhos.

Guerra ao Terror era, com certeza, o mais consistente entre os dez indicados a melhor filme e mereceu todas as seis estatuetas recebidas: melhor filme, direção, roteiro original, montagem, edição de som e som. O roteirista Mark Boal, também um dos produtores do longa (assim como Kathryn), usou como base para seu script experiências que vivenciou como jornalista na cobertura do confronto no Ira­que. Até a abertura do envelope por Tom Hanks, muitos acreditavam que o monstruoso sucesso comercial de Avatar, que venceu os Oscars de melhor fotografia, direção de arte e efeitos especiais, atropelaria a concorrência. Feliz­­mente, o cinema adulto prevaleceu diante do entretenimento high-tech.

Numa noite sem grandes surpresas, a única premiação inesperada – e merecida – foi na categoria de melhor roteiro adaptado. A aposta era Amor sem Escalas. Deu Preciosa, inventiva, ainda que irregular, adaptação do ro­­mance homônimo da poeta e performer Saphire. Pelo mesmo filme, Mo’Nique, mais conhecida como humorista e comediante stand-up, foi ovacionada quando recebeu de Robin Williams o Oscar de melhor atriz coadjuvante. "Gostaria de agradecer à Academia por mostrar que vencer pode depender apenas da atuação e não do marketing", disse, comovida. De fato, ela apareceu nas manchetes por rejeitar diversos eventos de Hollywood para fazer campanhas e discursos em que muitos participam para conseguir vencer o maior prêmio do cinema mundial.

O austríaco Christoph Waltz, o nazista poliglota e cruel Hans Landa de Bastardos Inglórios, venceu na categoria de melhor ator coadjuvante. Eram favas contadas.

Injustiça

Em um dos melhores momentos da noite, e reparando uma injustiça que se estendia há década, o veterano Jeff Bridges, indicado pela quinta vez, finalmente ganhou o Oscar de melhor ator por sua interpretação de um cantor country no drama Coração Louco. Filho do astro de Hollywood Lloyd Bridges, ele levantou o troféu sobre a cabeça, olhando para o céu e agradecendo seus falecidos pais. "Obrigado mãe e pai por me levarem a uma profissão tão maravilhosa", disse.

Sandra Bullock, que até muito pouco tempo não era levada a sério pela crítica, recebeu o prêmio de melhor atriz por Um Sonho Possível. Provou, assim como Julia Roberts conseguiu com Erin Brokovich, ser mais do que "a queridinha da América". Em Um Sonho Possível (ainda inédito no Brasil), ela vive uma mãe de família forte e determinada, que ajuda um jovem negro sem-teto a sair das ruas e se tornar um sucesso no futebol americano.

Na categoria melhor filme estrangeiro. a Argentina conquistou o "bicampeonato" com O Segredo dos Seus Olhos. O país já tinha levado a estatueta em 1985 com A História Oficial.

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