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Cena do jogo em que o pai segura o filho em sessão de quimioterapia. | Reprodução
Cena do jogo em que o pai segura o filho em sessão de quimioterapia.| Foto: Reprodução

Dificilmente você já jogou algo tão emocionante. “That Dragon, Cancer”, cujas vendas começam na próxima terça-feira (12), foi criado pelos pais de uma criança que lutava contra um câncer de cérebro. Durante uma campanha bem-sucedida de arrecadação de fundos para seu desenvolvimento, testes foram levados a eventos de game, e sempre uma caixa de lenços era deixada logo ao lado.

Assista ao trailer.

A meta inicial de US$ 85 mil foi batida, alcançando quase US$ 105 mil ao final do projeto.

Ryan e Amy Green, norte-americanos, lançaram o projeto via Kickstarter, depois de bancar os custos de desenvolvimento e gastar quase tudo que tinham. Apesar de terem outros três filhos e arcar com os altos custos do tratamento de saúde do menino Joel, a iniciativa se baseava numa obstinação de Ryan, que logo foi abraçada por Amy também, em parceria com o desenvolvedor Josh Larson.

“Achávamos que iríamos documentar um milagre”, explica Ryan. Isso porque, apesar de os médicos prognosticarem pouco tempo de vida para Joel, que sofria desde que tinha 1 ano com a doença, o garoto passava por períodos de melhora, com tumores que desapareciam.

Cristãos fervorosos, os pais intercediam pelo filho e queriam dividir a dor e a luta com outras pessoas. Quando houve uma piora no quadro, e o garoto veio a falecer aos 5 anos de idade, em março de 2015, eles não abandonaram o projeto.

Além de servir de apoio a outros pais na mesma situação, eles contam que desejavam mostrar a graça de Deus que nunca os abandonou ao longo de todo o processo. Uma das comparações que fazem é com o episódio bíblico em que Jesus e seus discípulos estão num barco durante uma tempestade – uma das cenas do game mostra Joel remando, protegido por um colete salva-vidas pequeno demais.

Poesia no console

No jogo, o usuário se vê de mãos atadas, tendo pouca ação, mas entrando em contato com uma história bem emocionante. A ideia geral acaba sendo a de conviver com a situação do garoto e dos pais, sem puzzles ou pontuação. Essa característica facilitará o uso por pessoas que nunca jogaram um game.

O jogador conhecerá vários momentos da vida de Joel, memórias e diálogos da família – a voz do filho mais velho foi gravada para a trilha do jogo, cuja música é baseada numa tocante composição para piano.

As plataformas em que o jogo estará disponível são Mac/PC e Ouya. Tecnicamente, ele pode ser comparado aos jogos clássicos “point and click” – para o site Tecmundo, a experiência lembrará os jogos indies “que fogem do tradicionalismo dos gêneros – Gone Home, Dear Esther e The Stanley Parable são alguns dos exemplos”.

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