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Galvani Carraro, Nina Ribas, Liz Santos, Cristóvão Oliveira e Maria Pia Gardona (no alto) | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Galvani Carraro, Nina Ribas, Liz Santos, Cristóvão Oliveira e Maria Pia Gardona (no alto)| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O bom humor dos integrantes da Companhia Alameda de Teatro de Curitiba esconde uma preocupação: dinheiro para pagar as contas. O grupo administra o Espaço Cultural Odelair Rodrigues há dois anos e ficou dois meses sem atividade no ano passado. A dificuldade de manter uma agenda permanente de es­­petáculos, gerenciar o tempo entre a administração e a elaboração de novas montagens são alguns dos problemas enfrentados pelo grupo, segundo Cristóvão Oliveira, um dos diretores da companhia.

Além disso, Oliveira diz que, entre dezembro e março, Curitiba passa por uma "crise de abstinência" de espetáculos, diminuindo a bilheteria. O diretor explica que é o período em que todos os grupos estão concentrados nos ensaios para as apresentações do Festival de Curitiba e há poucas peças em cartaz na cidade.

Para contornar os problemas, o grupo resolveu transformar o teatro em um espaço multi-uso, onde outros artistas possam di­­vulgar seus trabalhos, como ex­­plica Oliveira. As instalações poderão ser usadas para exposições, espetáculos de dança e música, além de peças de outras companhias. "Que façam do espaço sua casa", é a condição exigida por Liz Santos, integrante da Alameda.

O grupo experimentou em 2009 algumas parcerias e percebeu que essa "convivência artística", como define Oliveira, poderia surtir bons resultados. Apresentaram-se no teatro as companhias Periplo, de Buenos Aires, e as brasileiras Ribeirão em Cena e Téspis.

A casa foi palco em 2009 do espetáculo Próximas Distâncias, de Candice Didonet e da coreógrafa Gladis Tridapalli, com quem a companhia planeja nova parceria para este ano. Com os espetáculos, o aumento de público garantiu algumas reformas no espaço, como a instalação de placas de isolamento acústico e ar-condicionado.

A banda Estação Central também usou o teatro para a gravação de um CD no ano passado. "Muitas pessoas não conheciam o teatro", diz Oliveira, explicando as vantagens de abrir o espaço para diferentes apresentações.

"A intenção é que o Odelair Rodrigues não feche", diz Galvani Carraro, também da companhia. O grupo lamenta pelo fe­­chamento de outros espaços, como os teatros das companhias Saltimbancos e Satyros, cita Oliveira.

A Alameda em 2010

Quanto aos demais trabalhos da companhia, será apresentado pela primeira vez no Festival de Teatro de Curitiba o espetáculo Dolores e Seus Temores, montagem produzida em 2006. A peça TVerissimo, que estrearia no festival, foi cancelada, mas será apresentada em julho.

A companhia ainda mantém a oficina regular de teatro, com início hoje, e em março irá oferecer outro workshop de montagem e de manipulação de bonecos.

Serviço:

Teatro Odelair Rodrigues, Avenida Sete de Setembro, 2.436, (41)3222-1758.

Site:www.odelairrodrigues.blogspot.com

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