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Marcelo Cabral, Romulo Fróes, Rodrigo Campos e Kiko Dinucci: “em casa” em tempos de confusão | Everton Ballardin/Divulgação
Marcelo Cabral, Romulo Fróes, Rodrigo Campos e Kiko Dinucci: “em casa” em tempos de confusão| Foto: Everton Ballardin/Divulgação

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O quarteto paulista Passo Torto, dos músicos Marcelo Cabral, Romulo Fróes, Rodrigo Campos e Kiko Dinucci, se apresenta no Teatro do Paiol neste sábado. Este será o primeiro show do grupo em Curitiba após o lançamento de seu segundo disco, Passo Elétrico, em 2013.

O trabalho é marcado pela troca da sonoridade acústica do disco de estreia pelo uso de guitarras e efeitos, estética que já se desenhava nas apresentações ao vivo do repertório anterior.

"O Passo Elétrico também já passou por mudanças", conta o guitarrista e cantor Kiko Dinucci. "O que gravamos é uma ideia inicial. Depois, no palco, começamos a desenvolver outras variações. Dá até vontade de regravar, mas faz parte. O disco é um retrato da época, um registro da ideia nascendo", explica.

O repertório do segundo disco será apresentado na íntegra, complementado por canções do álbum de estreia com arranjos adaptados, como "Sem Título sem Amor" – na opinião de Dinucci, ainda mais interessante neste formato elétrico, que segue explorando a ideia de arranjos sem instrumentos de percussão, com a rítmica inteiramente baseada nas conversas entre guitarras, cavaquinho, violão e baixo acústico.

"[O próximo trabalho] possivelmente também deve ser elétrico, porque é o que estamos tocando mais", conta o músico. "Pode mudar a temática. Não sei. O que pretendemos é não repetir. Mas tem muito percurso para percorrer", diz.

Premiado

O Passo Torto venceu um dos troféus de melhor grupo do Prêmio da Música Brasileira, que teve a 25.ª edição no mês passado. Foi na categoria "Pop/Rock/Reggae/Hip-Hop/Funk". Na edição anterior, o quarteto havia vencido na categoria MPB.

"É reflexo de uma época em que todo mundo está meio perdido. É muito difícil falar em gêneros hoje como ‘MPB’, que é um rótulo que ninguém mais quer usar", acredita o músico, que diz ter recebido a segunda premiação com espanto. "Aposto que um grupo como O Rappa é muito mais caro, tem muito mais investimento. De repente, lançamos um disco esquisito que, se não fosse a curadoria da crítica, não chegaria lá de jeito nenhum. São tempos confusos, e podemos nos sair bem neles. É o tema central do Passo Torto: a confusão do contemporâneo. Estamos em casa nesse assunto", brinca.

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