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A indicação da Pussy Riot a um prêmio artístico em Cingapura deve se estender também ao governo russo, por te dado destaque à banda punk ao prender suas integrantes por causa de um vídeo de protesto, ironizaram duas das integrantes do grupo. Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alyokhina, que foram libertadas pouco antes do fim de suas penas de dois anos de prisão, atraíram grande atenção em um evento midiático organizado nesta sexta-feira para 20 artistas asiáticos na disputa pelo Prêmio Prudential Eye. A Pussy Riot, cujo vídeo de 2012 "Punk Prayer" mostra as integrantes da banda dentro de uma catedral de Moscou realizando um protesto de cunho profanatório contra o presidente Vladimir Putin, foi indicada na categoria vídeo digital. A cerimônia de premiação está marcada para sábado. "Estamos falando sobre nosso trabalho com o uso da mídia --como pegar uma única ideia e espalhá-la por todo o mundo. Isso é o que fizemos em cooperação com o Estado russo", disse Tolokonnikova. "Esse prêmio não é somente para nós, mas para todo o sistema político que existe hoje na Rússia." Com a Rússia prestes a sediar a Olimpíada de Inverno na cidade de Sochi em fevereiro, o caso da Pussy Riot ganha destaque nas críticas sobre as liberdades civis, direitos humanos e à maneira que o governo Putin lida com opiniões dissidentes. Uma terceira integrantes da Pussy Riot, Yekaterina Samutsevich, foi libertada em outubro de 2012 quando o juiz suspendeu a pena dela ao julgar uma apelação. "Se nada do que aconteceu conosco após o ato não tivesse acontecido, talvez não houvesse nenhuma indicação. E aqui devemos prestar homenagem ao Estado russo", disse Alyokhina. "Talvez alguma autoridade russa devesse ter sido convidada a vir aqui compartilhar a indicação conosco."

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