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José Aguiar escolheu os autores para Cena HQ de olho em múltiplos estilos, personagens e temas | Priscila Forne/Gazeta do Povo
José Aguiar escolheu os autores para Cena HQ de olho em múltiplos estilos, personagens e temas| Foto: Priscila Forne/Gazeta do Povo

Cardápio

Veja alguns dos quadrinhos que serão "degustados" ao longo do ano no Teatro da Caixa:

• Hoje: Vigor Mortis Comics, de José Aguiar, Paulo Biscaia Filho e DW Ribatski. Direção de Dimis Soares.

• 18 de abril: Achados e Perdidos, de Eduardo Damasceno, Luis Felipe Garrocho e Bruno Ito. Direção de Nina Rosa.

• 9 de maio: Yuri – Quarta-Feira de Cinzas, de Daniel Og. Direção de Paulo Biscaia Filho.

• 13 de junho: Diomedes, de Lourenço Mutarelli. Direção de Andrew Knoll.

• 11 de julho: Cachalote, de Daniel Galera e Rafael Coutinho. Direção de Lu Barone.

• 15 de agosto: Yeshuah, de Laudo Ferreira. Direção de Marcio Mattana.

• 12 de setembro: Copacabana, de Lobo e Odyr. Direção de Sueli Araújo.

  • Reprodução de página de Morro da Favela, de André Diniz, que estará em cartaz em outubro

Neste ano, os amantes de histórias em quadrinhos (HQs) não precisarão aguardar a feira Gibicon, em outubro, para sair da toca e encontrar outros fãs desta arte. A partir de hoje, o Teatro da Caixa apresenta o Cena HQ, com leituras dramáticas mensais de obras brasileiras.

"Não existe algo assim no Brasil", comemora o curador José Aguiar, que é quadrinista da Gazeta do Povo. "Na Europa é comum o autor de quadrinhos fazer leitura da sua obra, e nosso diferencial é unir isso ao teatro."

A ideia surgiu quando o diretor da companhia de teatro Vigor Mortis, Paulo Biscaia Fi­­lho, organizou, há três anos, a leitura dramática de Folheteen, de Aguiar. A proposta de estender o projeto foi aceita pela Caixa, e Biscaia foi o responsável pela escolha dos diretores que farão cada encenação.

O ciclo de leituras começa hoje com atores da Cia. Bife Seco lendo Vigor Mortis Comics, sob a direção de Dimis Soares. O livro é de autoria de Biscaia, junto com José Aguiar, que também assina os desenhos ao lado do cartunista DW. Em oito histórias, o público terá contato com a estética da Vigor, repleta de mor­­­tos-vivos, catalépticos e zum­­bis. A ideia é projetar imagens do livro, acompanhadas da leitura interpretada da HQ.

Nos meses seguintes, o universo das obras muda radicalmente. Em abril, Achados e Perdidos levará ao palco a história de dois garotos e sua descoberta da vida, obra do iniciante Eduardo Damasceno que vem acompanhada de um CD com a trilha sonora para ser ouvida ao longo da leitura. Em junho, o consagrado Lourenço Mutarelli apresenta Diomedes, reunião de quatro histórias suas já publicadas. Em agosto, o quadrinho que sobe ao palco é Yeshuah, em que Laudo Ferreira desenha inspirado na Bíblia. Em outubro, uma história real dos morros cariocas é contada pelo viés do jornalismo em quadrinhos, em Morro da Favela – em oposição a Copacabana, programado para se­­tembro, que mostra o Rio de Janeiro das noitadas.

A cada edição, o autor do livro estará presente e promoverá um debate com o público ao final. Será uma oportunidade para os fãs encontrarem os autores ao vivo, já que, além do livro curitibano Vigor Mortis Comics, só Copacabana e Cachalote tiveram lançamentos por aqui. Os livros estarão à venda – hoje, por exemplo, a Vigor promete um bom desconto para seu Comics.

Mas é preciso correr para garantir um ingresso a partir do meio-dia, na bilheteria do teatro, em troca de um livro didático.

Serviço:

Cena HQ. Teatro da Caixa (R. Conselheiro Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Hoje, às 20h. Ingressos poderão ser trocados por um livro não didático a partir do meio-dia na bilheteria do teatro. Classificação indicativa: 14 anos.

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