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Cena do filme "Milk - A Voz da Igualdade" | Divulgação
Cena do filme "Milk - A Voz da Igualdade"| Foto: Divulgação

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Poucos contribuíram tanto para trazer a chamada "questão gay" ao primeiro plano da vida social dos EUA como Harvey Milk (1930-1978). De funcionário do mercado financeiro que disfarçava sua homossexualidade a primeiro gay assumido a ser eleito a um cargo público, em 1977, Milk elevou a militância pelos direitos de homossexuais a um novo patamar.

Indicado a oito Oscar - filme, diretor (Gus Van Sant), ator (Sean Penn), figurino, montagem, roteiro original, trilha original e ator coadjuvante (Josh Brolin) - o drama "Milk - A Voz da Igualdade", em circuito nacional, tem, assim, uma grande responsabilidade ao tentar retratar um personagem único. E o faz sem procurar santificá-lo.

Carismático e bem-humorado, Milk (Sean Penn, já vencedor do prêmio do Sindicato dos Atores da América) mudou-se de Nova York para São Francisco em 1972. Tudo o que ele e o então namorado Scott (James Franco, de "Homem-Aranha") queriam era abrir uma loja de fotografia na rua Castro, o centro de um bairro um tanto decadente na época.

Gays não eram bem-vindos por ali. Aliás, o par é desaconselhado até de permanecer na vizinhança. Descobrindo sua energia para resistir a ameaças, Milk desobedece. Não muito tempo depois, todo o bairro do Castro se tornaria o centro de referência da luta contra a discriminação aos homossexuais.

Antes que isso acontecesse, houve um caminho pavimentado por manifestações, choques com a polícia, prisões e até mortes.

Uma das guerras mais ferozes foi contra a Proposição 6, do senador John Briggs - que previa a expulsão de professores gays e seus apoiadores das escolas públicas e tinha como sua principal porta-voz a cantora Anita Bryant.

Na campanha contra a proposição, Milk consolidou-se como líder político. Comandou uma campanha nacional contra a aprovação do projeto, em que foi capaz de ganhar o apoio de ninguém menos do que o conservador republicano Ronald Reagan, então ex-governador e que pleiteava sua candidatura à presidência (cargo a que só chegou em 1981). Eficiente em ganhar o apoio de não-gays, Milk foi decisivo para a derrota da proposta.

Usando diversas imagens verídicas da época, muitas delas originárias do documentário premiado com o Oscar em 1985, "The Times of Harvey Milk", de Rob Epstein, o filme acompanha a lenta e difícil derrubada das barreiras para a eleição de Milk ao cargo de supervisor - equivalente, no Brasil, ao de vereador. Ele só saiu vitorioso nas urnas na terceira tentativa, em 1977.

Seu assassinato, 11 meses depois da posse, junto com o prefeito da cidade, George Moscone, pelo ex-supervisor Dan White (Josh Brolin), não torna o filme sombrio. Seu foco está mais em suas realizações do que em sua morte prematura e violenta - que o próprio Milk, aliás, previra, como comprova a gravação prévia de seu testamento.

"Milk - A Voz da Igualdade" aproxima qualquer público, gay ou não, da intimidade de uma pessoa verdadeira, que mudou seu tempo, embora a luta contra o preconceito ainda não esteja terminada.

Há bem pouco tempo, a mesma liberal Califórnia em que ele viveu baniu o casamento gay através da Proposição 8. Milk ainda teria muito trabalho nesta época.

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