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Espetáculo de Sharon Jones no Guairão mostrou várias facetas de sua banda, os Dap-Kings. | Vinicius Grosbelli (http://tudooquevoceve.com)/Especial para a Gazeta do Povo
Espetáculo de Sharon Jones no Guairão mostrou várias facetas de sua banda, os Dap-Kings.| Foto: Vinicius Grosbelli (http://tudooquevoceve.com)/Especial para a Gazeta do Povo

Sharon Jones & The Dap-Kings vieram pela primeira vez a Curitiba no último sábado (23) cercados pelas melhores expectativas.

O grupo tem um enorme respaldo de crítica, uma longa discografia e um histórico de shows que começou nos anos 2000, além de uma base de fãs fervorosos (o público que não chegou a lotar a plateia do Guaíra mostrou bastante reverência).

Ao vivo, no entanto, Sharon é capaz de surpreender mesmo quem vai vê-la esperando pelo melhor.

A cantora de pouco mais de 1,50 metro de altura tem uma presença poderosa que vai além da voz impressionante. A partir do momento em que entra no palco, Sharon não para: dança nos intervalos entre as músicas, faz piadas, improvisa, tira os sapatos, puxa fãs para dançar com ela...

A combinação de sua energia com o suingue azeitado dos músicos, seja nas canções mais lentas ou nos funks mais acelerados, fez o show passar num piscar de olhos.

Sharon começou a cantar depois de três músicas do duo Saun & Starr – bom projeto paralelo de suas backing vocals – com uma performance explosiva de “Retreat” introduzindo um repertório nada óbvio.

A apresentação reuniu faixas e singles de épocas variadas, mostrando a versatilidade do projeto, que cobre todo o universo do funk e soul desde o início dos anos 1960 – de canções em tempo lento como a dilacerante “If You Call” a músicas de pegada funk como “He Said I Can” e a dançante “Without a Heart”.

É especialmente emocionante o momento em que Sharon, que tem 59 anos, improvisa sobre a história do câncer do qual se recuperou há pouco mais de um ano. A performance explosiva parece confirmar uma vontade de viver inquebrável– e faz sentido os títulos com os quais o guitarrista Binky Griptite, espécie de mestre de cerimônia do show, introduz a cantora.

O show teve abertura da curitibana Big Time Orchestra, destaque no programa SuperStar, da Rede Globo. Há pouco a dizer sobre o show: o grupo aparentemente levou ao Guairão o mesmo repertório que toca em casamentos e acabou ficando muito longe da atração principal.

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