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Peça dirigida por Jô Soares tem Cassio Scapin como Salvador Dalí e Pedro Paulo Rangel interpretando Sigmund Freud | /Divulgação
Peça dirigida por Jô Soares tem Cassio Scapin como Salvador Dalí e Pedro Paulo Rangel interpretando Sigmund Freud| Foto:

O novo trabalho de Jô Soares, a adaptação e direção do espetáculo “Histeria”, desembarca em Curitiba para apresentação única nesta sexta (19), no Teatro Guaíra. Com ingressos a R$ 35 (para assinantes do Clube Gazeta do Povo), a peça é o inusitado encontro entre o surrealista Salvador Dalí e Sigmund Freud, pai da psicanálise. No elenco estão Erica Montanheiro, Milton Levy, Pedro Paulo Rangel — interpretando Freud — e Cassio Scapin — como Dalí.

A adaptação do texto denso de Terry Johnson feita por Jô foi elogiada pelos atores. Em entrevista à Gazeta do Povo, Cassio Scapin diz “ele fez um trabalho de facilitação do texto sem fazer uma transposição barata da realidade. O Jô sabe muito do tempo da comédia”. Colega de elenco, Pedro Paulo Rangel é sucinto e define “Comédia é matemática” e segundo o autor, Jô Soares é um mestre “estar com ele é virtuoso”.

A história que “faz o público sapatear de tanto rir”, nas palavras de Rangel, conta, na visão de Freud, o cômico encontro entre ele, que fugido da Segunda Guerra Mundial e refugiado em Londres, em 1938, sofrendo de histeria — doença que levam à ataques nervosos, confusão mental e transtorno de personalidade – depara-se com Dalí, o excêntrico pintor espanhol conhecido pelas obras surrealistas, em um consultório.

À principio “Histeria” é cômica por si só, pelas personagens e pelo texto inteligente. Mas Scapin também diz que “em um lapso de Freud, ele tem uma tomada de consciência e faz o percurso de revisão da sua vida”. Entre elas, faz a dessecação do amor.

A apresentação em Curitiba é a que pode render o maior público em um único espetáculo. Com 2.173 assentos, o Guairão é um “tour de force, porque a gente chega mais tenso por ser uma grande arena”. Ao desafio que Scapin se refere, justifica por ser “um grande buraco negro e o desafio é equalizar e manter a qualidade”. “Tem que ter mais força. Tem que ter mais energia”, diz Pedro Paulo Rangel.

“Mais maduro”

Pp, como Pedro Paulo Rangel é conhecido, entrou na última hora para compor o espetáculo. Substituindo um colega, contou à Gazeta do Povo que fez apenas 11 ensaios antes da estreia. “Eu não tive muito tempo de preparo ou pesquisa e contei com ajuda dos meus colegas e do Jô Soares”. Depois de dois meses de temporada em São Paulo lotando as casas de espetáculos, o ator com mais de 40 anos de carreira se sente mais confortável no papel de Freud e diz “hoje é um espetáculo bem mais maduro”.

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