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Grupo Fato | Alessandra Haro/Divulgação
Grupo Fato| Foto: Alessandra Haro/Divulgação

300 mil pessoas devem circular pelos espaços contemplados pelo projeto Música na Cidade, de acordo com os cálculos de seus produtores baseados em dados da Urbs.

  • Julião Boêmio, cavaqui­nhista
  • Molungo, grupo de música brasileira
  • Rogério Gulin, violeiro
  • Marcela Zanette, flautista

Doze artistas de Curitiba estarão empenhados em uma difícil missão em pontos diversos da cidade entre hoje e o dia 1.º de julho. Em alguns dos horários de maior fluxo, atrações musicais de diferentes vertentes vão disputar a atenção de frequentadores de terminais de ônibus e transeuntes de ruas movimentadas do Santa Cândida à Cidade Industrial.

A ação é a primeira edição do projeto Música na Cidade, idealizado e produzido por Bernardo Bravo e Michele Hesketh por meio de edital da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Com curadoria dos músicos Glauco Sölter e João Egashira, eles selecionaram artistas locais para uma "intervenção musical".

"Como temos dificuldade de circulação dos artistas, resolvemos fazer quase que um ‘ataque’ e deixá-los no meio do caminho. As pessoas vão trombar com eles nos terminais de ônibus e esquinas da cidade", diz Bravo, que espera atingir 300 mil pessoas com o projeto.

As apresentações terão duração de 40 a 60 minutos e não prescindirão de palcos e grandes estruturas, principalmente nos terminais, onde os músicos farão performances solo (confira a programação ao lado). "É diferente de uma intervenção no meio, quando se monta um palco. Esta é uma intervenção que acontece junto ao público, é mais próxima dele", diz Michele.

"A gente gosta de quebrar a ideia do artista no palco ao colocá-lo no mesmo nível do público", completa Bernardo.

A escolha das atrações também visa a criar um contraponto para a correria. Daí a escalação de nomes como o da flautista Marcela Zanette e do grupo La Musa, da UFPR, especializado em música antiga. A proposta é que estas apresentações criem oportunidades de contemplação. "Num cenário caótico, a ideia é trazer uma calmaria, um pouco de equilíbrio", conta Bravo.

De acordo com Marcela Zanette, que se apresenta hoje, às 14 horas, no Terminal do Cabral, o formato das apresentações é desafiador. "Já toquei assim, sozinha, em alguns lugares. É diferente. É apenas você, seu instrumento e o público. E você vai conquistando algumas pessoas. Se atingir pelo menos algumas, já é legal", conta.

O grupo Fato, que toca na esquina da Rua Trajano Reis com a Paula Gomes, recebeu a proposta com animação. "Nossa expectativa é que a pessoas se dispersem um pouco do trânsito e da correria das seis horas e parem para ouvir uma boa música", diz o baixista Ulisses Galetto.

Para o curador João Egashira, outro mérito da ideia é levar estilos diversificados para públicos maiores. "Milton Nascimento e Fernando Brant falam em ‘Nos Bailes da Vida’: ‘Todo artista tem de ir aonde o povo está’. Isso vale principalmente para o músico popular. Sou pela democracia musical: a música tem de estar acessível para todo mundo. Não deixa de ser um desafio, mas o músico tem de estar disposto a encará-lo", diz.

Invasão musical

Confira os locais e horários das performances do projeto Música na Cidade:

Hoje

Terminal do Cabral, às 14 horas

Marcela Zanette

Terminal do Santa Cândida, às 16 horas

Paulo Siqueira

Esquina da R. Trajano Reis com R. Paula Gomes, às 18 horas

Grupo Fato

Amanhã

Terminal do Boqueirão, às 9h30

Rogério Gulin

Terminal do Capão Raso, às 16 horas

Marc Olaf Thiessen

Quinta-feira (26)

Esq. das R. Izaac Ferreira da Cruz com R. Agudos do Sul, às 12 horas

Naína

Sexta-feira (27)

Esq. da R. Waldemar Loureiro com Av. Marechal Floriano, às 12 horas

Molungo

Praça de Bolso do Ciclista (esq. das R. São Francisco com R. Presidente Faria), às 18 horas

La Musa – Grupo de Música Antiga da UFPR

Dia 30

Terminal da CIC, às 9h30

Victor Gulin

Dia 1º de julho

Terminal Guadalupe, às 9h30

Mario Conde

Terminal Fazendinha, às 14 horas

Daniel Migliavacca

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