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Os dez integrantes do elenco que reúne atores franceses e brasileiros: na extrema esquerda, Nadja Naira e Cássia Damasceno; ao centro, Giovana Soar | Divulgação
Os dez integrantes do elenco que reúne atores franceses e brasileiros: na extrema esquerda, Nadja Naira e Cássia Damasceno; ao centro, Giovana Soar| Foto: Divulgação

Festival Curitiba

Até 13 de abril. Mostra oficial: R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada). Mostra paralela/Fringe: de entrada franca até R$ 60. Consulte a programação da mostra.

Ingressos à venda nos shoppings Mueller, ParkShopping Barigüi e Palladium e por este site.

Agenda

Confira as peças do fim de semana para as quais ainda há ingressos disponíveis na mostra principal (a R$ 60 e R$ 30 a meia-entrada):

• Nus, Ferozes e Antropófagos

Teatro do Paiol (Lgo. Guido Viaro, s/nº), (41) 3213-1340. Hoje às 21h e amanhã às 19h. Classificação indicativa: 14 anos.

• Nem Mesmo Todo o Oceano

Guairinha. Hoje às 21h e amanhã às 19h.

• Paixão e Fúria – Callas, o Mito

Teatro Positivo – Grande Auditório. Hoje às 21h e amanhã às 19h.

• The Rape of Lucrece

Teatro da Reitoria. Hoje às 21h.

• Trilogia dos Sonhos

Teatro Bom Jesus. "Pesadelo", hoje às 21h e amanhã às 19h.

Fringe

Confira destaques de hoje da mostra paralela:

• Os Fantásticos Equilibristas

Teatro Regina Vogue – Shopping Estação (Av. Sete de Setembro, 2.775, Rebouças), (41) 2101-8292. Hoje às 11h30 e amanhã às 11h. R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Classificação livre.

• Casa de Bonecas

TEUNI – Teatro Experimental da UFPR (Praça Santos Andrade, 50, 2º andar, Centro), (41) 3360-5066. Hoje e amanhã às 15h. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Classificação livre.

• Terraço

TUC – Teatro Universitário de Curitiba (Galeria Julio Moreira, 30, Largo da Ordem), (41) 3321-3312. Hoje às 19h e 22h. R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada). Classificação indicativa: 16 anos.

• O Casamento de Eduardo e Mônica

A Fábrika (R. Fernando Amaro, 154, Alto da XV), (41) 3362-5535. Hoje às 22h e amanhã às 19h. R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada). Classificação indicativa: 12 anos.

  • Espetáculo da Studio3 Cia. de Dança, de São Paulo, evoca momentos essenciais da vida da cantora lírica

Depois de esgotar ingressos em poucos dias na mostra principal de 2013 com Renata Sorrah em Esta Criança, a curitibana Cia. Brasileira de Teatro inova neste Festival com a apresentação de um espetáculo inacabado. Nus, Ferozes e Antropófagos, com sessões neste sábado e domingo no Teatro do Paiol, é resultado da parceria entre o grupo dirigido por Marcio Abreu e os coletivos Jakart/Mugiscué e Centro Dramático Nacional de Limousin.

O que será apresentado é uma sequência de cenas, com relação entre si, num total de cerca de uma hora e meia de duração. "Mas ainda não está nem próximo do definitivo", avisa Marcio Abreu. Apesar de chamar as sessões do Festival de ensaio aberto, ele não pretende interromper os atores em ação. A direção é compartilhada por ele com Pierre Pradinas e Thomas Quillardet.

A pesquisa conjunta começou com o mote do "olhar sobre o outro". "Esse olhar passa pela cultura, a língua, as relações sociais, fatos mais concretos e pela memória", contou Abreu à Gazeta do Povo.

Uma das cenas, por exemplo, tem relação com a memória coletiva sobre Brasil e França; outra não tem qualquer texto – todos são trechos ainda em elaboração que servirão de base para a escritura final do texto, também obra dos três diretores.

Parceria

O trabalho conjunto já dura quase dois anos. Com a chegada dos franceses a Curitiba, dia 27 de março, os artistas iniciaram a quinta residência de criação, na sede da Brasileira, no Largo da Ordem.

Com ensaios diários de manhã e à tarde, o grupo conta ter avançado bastante nesta etapa, que serviu para realmente levantar cenas concretas a partir dos textos trabalhados anteriormente.

Os demais encontros ocorreram assim, com poucos dias à disposição e uma mostra ao público na França. Dessa vez, para que o grupo pudesse apresentar um resultado um pouco mais elaborado, as datas de apresentação durante o festival foram fixadas para os dois últimos dias do evento – proporcionando tempo de ensaio ao elenco de dez atores.

Depois desta etapa curitibana, a estreia da peça completa acontece em Limoges, na região central França, dia 13 de maio. Uma turnê por Paris e pelo interior francês também está prevista. Já os brasileiros terão de esperar para ver o resultado, ainda sem previsão de exibição por aqui.

Estreias

As outras três estreias de hoje para as quais ainda há ingressos na mostra principal navegam pela dança, política e nonsense (leia abaixo sobre Paixão e Fúria – Callas, o Mito, com o Studio3 Cia. de Dança).

Nem Mesmo Todo o Oceano apresenta uma narrativa passada durante os anos de chumbo, em que um personagem crédulo é cooptado pelo regime. A encenação usa um palco minimalista, que põe no foco o trabalho dos homens em cena.

Estreia nacionalmente hoje, no Teatro Bom Jesus, o capítulo "Pesadelo" da Trilogia dos Sonhos, da carioca Sala Escura. A trama é bastante ligada ao nonsense de Lewis Carroll e Tim Burton: uma mulher percebe que seu corpo sumiu, restando-lhe apenas a cabeça. Decide então raptar um homem para torná-lo seu igual e acabar com sua solidão.

Dança com Maria Callas

Paulo Camargo

O Festival de Curitiba, em seu último fim de semana, abre espaço para o teatro-dança. E que espaço! O imenso Teatro Positivo recebe hoje a segunda e última sessão do espetáculo Paixão e Fúria – Callas, o Mito, dirigido por José Possi Neto com a Studio3 Cia. de Dança, de São Paulo. A montagem celebra os 90 anos da cantora lírica Maria Callas, que nasceu dia 2 de dezembro de 1923, em Nova York.

No palco, 20 bailarinos "muito experientes e maduros", segundo Possi, com passagem pelos grandes grupos de dança do país, enfrentam o desafio de trazer à cena aspectos da vida e da obra da cantora lírica mais célebre do século 20, tão espetacular como soprano quanto foi como atriz, tornando-se em vida uma lenda cuja persona pública, diz o diretor, era maior do que os personagens que viveu nos palcos, como Tosca e Norma. "Como ela, apenas [o bailarino russo] Rudolf Nureyev."

Sem a pretensão de ser um espetáculo biográfico, Paixão e Fúria – Callas, o Mito não se furta, entretanto, de evocar alguns momentos essenciais da vida da artista norte-americana, de ascendência grega. Estão lá, transfigurados sob a forma de coreografias, o afastamento do pai, que ela tanto amava, a traumática mudança com a mãe para a Grécia, devido às dificuldades financeiras que enfrentavam, e a separação de Aristóteles Onassis, que foi o homem de sua vida.

Os bailarinos que integram o elenco fixo do grupo paulistano, encabeçado por Vera Lafer, terão a participação especialíssima de Marilena Ansaldi, bailarina que nos anos 50 foi solista do Teatro Municipal de São Paulo, e nos anos 60 integrou o elenco do Balé Bolshoi, onde foi solista, e também uma das pioneiras, anos mais tarde, do teatro-dança no país, se firmando como atriz, numa grande reviravolta em sua carreira.

Depois de sua estreia no Festival de Curitiba, Paixão e Fúria – Callas, o Mito faz temporada em maio no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, e no mês seguinte será apresentado em Milão, cidade onde Maria Callas tanto brilhou no Teatro Scala, e em Paris.

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