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Ben Affleck ficou de fora da corrida a melhor direção por seu trabalho no thriller político Argo | Divulgação
Ben Affleck ficou de fora da corrida a melhor direção por seu trabalho no thriller político Argo| Foto: Divulgação

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Cerimônia de entrega do Oscar. Transmissão pelo canal pago TNT a partir das 21h30. Na RPCTV, a festa vai ao ar depois do Big Brother Brasil 13. No site do Caderno G acompanharemos a transmissão com comentários e participação dos internautas.

A cerimônia de entrega do Oscar de hoje à noite deve consagrar o ator e cineasta Ben Affleck, já vencedor de uma estatueta, que ganhou pelo roteiro original de Gênio Indomável (1997), escrito em parceria com o amigo Matt Damon. Argo, seu terceiro longa-metragem, é o favorito para levar o prêmio de melhor filme, depois de ter sido reconhecido pelos sindicatos dos roteiristas, diretores e dos atores, além de também ter abocanhado o Bafta (Oscar britânico) e os Globos de Ouro de melhor filme (drama) e direção.

A consagração de Affleck deve ser ainda maior porque, ao longo da festa, que acontece no Dolby Theater, em Hollywood, não serão poucas as alfinetadas do mestre-de-cerimônias, o ator e roteirista Seth McFarlane, à Academia em virtude do fato de o astro não estar entre os cinco indicados a melhor direção. Não faz muito sentido, afinal, que o diretor do favorito ao Oscar de melhor filme tenha ficado de fora. Mas isso já ocorreu antes. Em 1990, Conduzindo Miss Daisy levou o prêmio principal sem que o australiano Bruce Beresford estivesse entre os concorrentes. O melhor diretor naquele ano foi Oliver Stone, por Nascido em 4 de Julho.

A essa altura, é pouco provável que outro longa-metragem tire a estatueta de melhor filme de Argo, eficiente thriller político que reconstitui a mirabolante operação orquestrada pelo serviço secreto dos Estados Unidos, em parceria com o governo do Canadá, para tirar do Irã um grupo de diplomatas nos dias que se seguiram à Revolução Islâmica de 1979. Em tese, Lincoln estaria no páreo por ser o recordista em número de indicações, concorrendo em 12 categorias.

Com a exclusão de Affleck, a categoria de melhor direção se tornou a mais disputada neste ano. Steven Spielberg, dono de duas estatuetas (por A Lista de Schindler e O Resgate do Soldado Ryan), pode levar a terceira. Também tem chances o taiwanês Ang Lee (por As Aventuras de Pi), que também já tem dois Oscars, um de melhor filme estrangeiro, por O Tigre e o Dragão, e o outro de direção, em reconhecimento ao seu trabalho em O Segredo de Brokeback Mountain. Mas quem pode acabar surpreendendo é o cineasta alemão radicado na Áustria Michael Haneke, por seu extraordinário trabalho em Amor, que deve levar o prêmio de melhor filme estrangeiro e também está indicado na categoria principal – é o melhor entre os nove concorrentes.

Aliás, Amor tem alguma chance de dar à veterana Emmanuelle Riva o prêmio de melhor atriz. Aos 85 anos, ela é a mulher mais idosa já indicada na categoria, e, entre as candidatas, tem o desempenho mais complexo. A imprensa norte-americana, no entanto, aponta a jovem Jennifer Lawrence, estrela de O Lado Bom da Vida como possível vencedora.

Entre as atrizes coadjuvantes, a franca favorita é Anne Hathaway, pelo musical Os Miseráveis, que tem chances de faturar outras estatuetas em categorias mais técnicas, como direção de arte, figurino e maquiagem.

Se há alguma chance de surpresa na categoria de melhor atriz, a corrida pelo Oscar de ator é uma barbada. O irlandês Daniel Day-Lewis, já reconhecido por suas atuações em Meu Pé Esquedo e Sangue Negro, deve vencer pela terceira vez por sua impecável interpretação em Lincoln.

Se confirmada a vitória, Day-Lewis se tornará o único na história a ter três estatuetas de melhor ator. Jack Nicholson também é dono de três, mas uma é de coadjuvante, categoria na qual Walter Brennan também é tricampeão.

A corrida de melhor ator coadjuvante, é uma das mais disputadas deste ano. Tanto Tommy Lee Jones, por Lincoln, quanto o austríaco Christoph Waltz, coprotagonista de Django Livre, podem levar a segunda estatueta de suas carreiras.

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