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Foi depois de uma abstinência de cinco anos que Simone lançou Na Veia, seu último disco de estúdio. E o hiato musical desde Baiana da Gema, para a cantora, foi um ponto positivo. "Estou no meu age como pessoa. E este disco reflete o meu momento, tanto que quando liguei para os compositores pedindo canções, já dei o recado: quero fazer um disco feliz. De amor e feliz", disse a baiana em entrevista por e-mail à Gazeta do Povo. Ela apresenta seu novo trabalho neste sábado, no Teatro Guaíra.
No repertório, estão programadas canções inéditas de Erasmo Carlos ("Migalhas" e "Hóstia", em parceria com Marcos Valle), Adriana Calcanhoto ("Definição da Moça" e "Certas Noites"), Abel Silva ("Pagando Pra Ver"), Martinho da Vila ("Na Minha Veia"), Marina ("Bem Pra Você") e ainda uma composição da própria Simone, em parceria com Hermínio Bello de Carvalho, 76 anos, que permaneceu inédita até agora: "Vale a Pena Tentar".
Músicas revisitadas
"Optei por incluir todas as músicas do disco no show, pois se eu tenho um repertório inédito, por que não apresentá-lo todo ao vivo? E a reação do público às canções novas tem sido a melhor possível, todos atentos, interessados. Acho saudável desafiar as pessoas a assimilar coisas novas, além do que elas já estão acostumadas a ouvir", comenta Simone.
Músicas há tempos deixadas de lado pela baiana também deverão ser revisitadas no show em Curitiba. O amor e seu significado mais pleno "é o meu momento agora", diz a cantora são o motivo principal para as escolhas. "Incluí no roteiro músicas do meu repertório que não cantava há muito tempo (como "Tô que Tô", "Paixão", "Face a Face", "Ai, Ai, Ai..."), e canções de outros intérpretes que eu queria cantar, como "Perigosa" (Rita Lee, Nelson Motta e Roberto de Carvalho) e "Certas Coisas" (Lulu Santos), que é tudo o que eu penso do amor".
Depois de quase quatro décadas de carreira, Simone está pela primeira vez no catálogo da gravadora Biscoito Fino, reconhecida por prestigiar a música brasileira independente. E a liberdade artística é comemorada.
"A Biscoito Fino é independente, mas com estrutura de gravadora grande. E é a maior em música brasileira. E, embora ela já tenha toda essa abrangência, possui uma relação muito mais íntima com o artista. A liberdade artística que ela proporciona faz enorme diferença."