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Trabalho noturno: Boris Casoy dorme às 4 horas da manhã | Arquivo/ Gazeta do Povo
Trabalho noturno: Boris Casoy dorme às 4 horas da manhã| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Quem vê idade pode não ver pique, garra e paixão. No lugar de rostinhos bonitos surgem cabelos brancos e vozeirões serenos. É assim que os veteranos do jornalismo Boris Casoy, Celso Freitas, Domingos Meirelles e Heródoto Barbeiro aparecem na tevê. E se engana quem pensa que a idade é problema para manter o ritmo acelerado da redação. "Entro no jornal às 22 horas, saio às 3 e durmo às 4 horas. Acordo e faço uma hora e meia de ginástica. Almoço, tiro uma folga e vou buscar informações na internet, enquanto ouço notícias em um som e músicas em outro. Me cuido, vou ao médico e acho que o bom humor me segura em pé. No meu corpo tudo funciona!’’, brinca o âncora do Jornal da Noite, da Band, Boris Casoy, 73 anos.

Nunca é tarde para recomeçar. Prova disso é Domingos Meirelles, 73 anos, que estreou na semana passada o programa Repórter Record Investigação, depois de cinco anos e meio fora da tevê. Sua nova rotina inclui a ponte aérea entre Rio, onde mora, e São Paulo, onde grava. "Aos 45 anos, eu trabalhava em jornal impresso e recebi um convite da Globo, porque queriam repórteres mais experientes. Disseram que não estavam interessados na minha falta de olhos verdes e, sim, nos meus cabelos brancos’’, afirma.

O mais novo da trupe, Celso Freitas, 60 anos, apresenta o Jornal da Record. Ele entra no trabalho às 16 horas, dorme às 3 horas e acorda às 10h30. "Para relaxar, jogo sinuca, ando na esteira e caminho com a cachorra da minha filha’’, diz o apresentador, que ainda encontra folga para curtir a neta, de quatro anos.

A rotina de Heródoto Barbeiro, 68 anos, da Record News, não é muito diferente. Quando não está nos estúdios, ele escreve para a internet e pretende publicar dois livros ainda neste ano. Ele afirma ter uma vantagem: boa parte de sua equipe é formada por pessoas mais novas. "Adoro trabalhar com jovens, eles são inteligentes, vivos, ligados no que acontece e nas redes sociais. Me vejo obrigado a acompanhar o pique deles’’, avalia o jornalista.

Sua rotina também é agitada. "Acordo às 5h30 e faço ioga, meditação e corrida. Sou budista, o que me ajuda a manter o ego sob controle, o que é fundamental para exercer um bom trabalho’’, relata. E eles têm mais uma coisa em comum: nem pensam em se aposentar.

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