Conecte-se
Conheça alguns sites que disponibilizam rádios on-line. É possível criar um perfil, conhecer bandas novas e interagir com outros usuários:
Last.fm
O site constrói um perfil detalhado do gosto musical de cada usuário. Em uma página pessoal, exibe as informações coletadas e gravadas por um plug-in do próprio site instalado no aplicativo de execução de música do computador do ouvinte.
Pandora
Baseado em estudos matemáticos, o site oferece rádios on-line e novas opções musicais para o usuário que pensa ter um gosto bem definido. Digite o nome da banda inglesa Radiohead, por exemplo, e o site irá "oferecer" Hot Chip e Chat Baker.
Outros programas similares:
Stereomood
Jango
Blip
Grooveshark
Hype Machine
O chefe de cozinha Daniel Lopes, catarinense de 28 anos, já marcou reunião de negócios, festas e foi inclusive convidado para discotecar em um bar de Curitiba chamado Nico. Na casa, ficou por dois anos consecutivos 2005 e 2006 , dando play em músicas de suas bandas favoritas. Como ele chegou lá? Graças ao banco de dados e as rádios on-line que Daniel armazena no Last.fm, um dos exemplos de sites que criam um "perfil musical" de seus usuários.
Contabilizando mais de 122 mil audições, Danimod esse é o apelido de Daniel no site , foi conhecendo outros usuários com gostos similares, o que resultou nos contatos posteriores, o que credencia o site também como uma rede social. "Gosto da facilidade com que o site me apresenta os artistas. Às vezes, não temos muita paciência para procurar informações e outras bandas, e o Last.fm faz isso por nós", diz.
O site não é novo. Foi fundado em 2002, na Inglaterra, e se popularizou no Brasil a partir de 2005. Hoje são cerca de 20 milhões de usuários ativos em mais de 30 países. E cada um deles pode criar sua própria rádio, expondo ao mundo suas preferências musicais. Uma pena que, desde 2007, quando a empresa CBS Interactive adquiriu o Last.fm, o acesso gratuito à criação de rádios e execução de músicas seja limitado no Brasil. É possível, entretanto, pagar algumas libras por mês para ter o serviço completo.
Genoma
Outro site que revolucionou a maneira de se ouvir música ou de se ouvir música na internet foi o Pandora. Criado pelo norte-americano Tim Westergren em 2005, o negócio é abusado. Diferente das maiorias das outras rádios on-line, que recomendam bandas similares, que invariavelmente agradam aos ouvidos de seus usuários, o Pandora surpreende seus 60 milhões de ouvintes com músicas de outros estilos. Pois, quem gosta de jazz pode gostar de funk ou de rap. Ou não?
O estratagema que move o site, chamado de genoma musical, foi criado no final dos anos 1990. Opiniões subjetivas sobre músicas foram traduzidas em fórmulas matemáticas chamadas de genes. Mais de meio milhão de músicas já foram analisadas e cerca de 400 genes musicais catalogados. É como uma resposta científica à pergunta "por quê eu gosto dessa música?".
Infelizmente, o site também está disponível apenas parcialmente no Brasil. O motivo é a falta de uma legislação específica e o alto custo dos direitos autorais dos artistas.
A mudança da forma de consumo de música sai a ligação para a rádio e o pedido daquele sucesso por telefone e entram as escolhas próprias, sem intermediação , não são, no entanto, uma mudança de paradigma. É o que conta Kelly Prudêncio, professora do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Paraná. "O rádio é facilmente adaptável e foi acompanhando as pessoas ao longo do tempo. Antes era em casa, depois no carro, e agora na internet", explica.
O fator idade também influencia na utilização dessas novas mídias. Se antes havia, conta Kelly, a "geração da demanda" aquela que se reunia em torno do rádio para ouvir as últimas da Rádio Nacional , hoje existe a geração da oferta, marcada justamente pela produção e distribuição de conteúdo, justamente o caso das rádios on-line pessoais.
Problemas amorosos
Aproveitando as ondas das novas tecnologias, três amigos de Curitiba resolveram criar um curioso podcast arquivo de áudio que pode ser acessado on-line. O publicitário Túlio Pires Bragança, o advogado Walter Petla Filho e o músico Giancarlo Rufatto são os responsáveis pelo Lovecast, disponibilizado em redes sociais semanalmente e que está na edição de número quatro.
"A ideia surgiu quando percebi que dois amigos e eu estávamos com dor de cotovelo depois do fim de namoros e conversávamos bastante sobre os rumos das relações atuais", explica Bragança.
Eventualmente, há uma participação feminina, que comenta e questiona os marmanjos sobre "as relações humanas da atualidade". Tudo isso em meio a uma trilha pra lá de romântica. "Não é para ser piegas, nem brega. Cada programa tem um tema, puxado por algo da atualidade, algo que foi noticia, algo que aconteceu com a gente ou até mesmo a letra de uma música."
Um dos programas foi embalado por "Grande Hotel", música do Kid Abelha, a pedido de um ouvinte que perguntou: "Será que é preciso ficar só para se viver?".
Diferenças tecnológicas e humorísticas à parte, o Lovecast remete aos programas noturnos que têm por objetivo unir pessoas solitárias. Havia, por exemplo, o Boa Noite Amizade, sucesso na Rádio Caiobá na década de 1990. A voz de veludo responsável por apaziguar corações em descompasso também está presente no programa Casamenteiro, sucesso há 40 anos nas ondas da Rádio Colombo.
Serviço:
Na internet: ouça o Lovecast em http://soundcloud.com/lovecast
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