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 | Ilustração: Felipe Lima
| Foto: Ilustração: Felipe Lima

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Conheça alguns sites que disponibilizam rádios on-line. É possível criar um perfil, conhecer bandas novas e interagir com outros usuários:

Last.fm

www.last.fm

O site constrói um perfil detalhado do gosto musical de cada usuário. Em uma página pessoal, exibe as informações coletadas e gravadas por um plug-in do próprio site instalado no aplicativo de execução de música do computador do ouvinte.

Pandora

www.pandora.com

Baseado em estudos matemáticos, o site oferece rádios on-line e novas opções musicais para o usuário que pensa ter um gosto bem definido. Digite o nome da banda inglesa Radiohead, por exemplo, e o site irá "oferecer" Hot Chip e Chat Baker.

Outros programas similares:

Stereomood

www.stereomood.com

Jango

www.jango.com

Blip

www.blip.fm

Grooveshark

listen.grooveshark.com/

Hype Machine

hypem.com/

O chefe de cozinha Daniel Lopes, catarinense de 28 anos, já marcou reunião de negócios, festas e foi inclusive convidado para discotecar em um bar de Curitiba chamado Nico. Na casa, ficou por dois anos consecutivos – 2005 e 2006 –, dando play em músicas de suas bandas favoritas. Como ele chegou lá? Graças ao banco de dados e as rá­­dios on-line que Daniel armazena no Last.fm, um dos exemplos de sites que criam um "perfil musical" de seus usuários.

Contabilizando mais de 122 mil audições, Danimod – esse é o apelido de Daniel no site –, foi conhecendo outros usuários com gostos similares, o que resultou nos contatos posteriores, o que credencia o site também como uma rede social. "Gosto da facilidade com que o site me apresenta os artistas. Às vezes, não temos muita paciência para procurar informações e outras bandas, e o Last.fm faz isso por nós", diz.

O site não é novo. Foi fundado em 2002, na Inglaterra, e se popularizou no Brasil a partir de 2005. Hoje são cerca de 20 milhões de usuários ativos em mais de 30 países. E cada um deles pode criar sua própria rádio, expondo ao mundo suas preferências musicais. Uma pena que, desde 2007, quando a empresa CBS Interactive adquiriu o Last.fm, o acesso gratuito à criação de rádios e execução de músicas seja limitado no Brasil. É possível, entretanto, pagar algumas libras por mês para ter o serviço completo.

Genoma

Outro site que revolucionou a ma­­neira de se ouvir música – ou de se ouvir música na internet – foi o Pandora. Criado pelo norte-americano Tim Wester­­gren em 2005, o negócio é abusado. Diferente das maiorias das outras rádios on-line, que recomendam bandas similares, que invariavelmente agradam aos ouvidos de seus usuários, o Pandora surpreende seus 60 milhões de ouvintes com músicas de outros estilos. Pois, quem gosta de jazz pode gostar de funk ou de rap. Ou não?

O estratagema que move o site, chamado de genoma musical, foi criado no final dos anos 1990. Opiniões subjetivas sobre músicas foram traduzidas em fórmulas matemáticas – chamadas de genes. Mais de meio milhão de músicas já foram analisadas e cerca de 400 genes musicais catalogados. É como uma resposta científica à pergunta "por quê eu gosto dessa música?".

Infelizmente, o site também está disponível apenas parcialmente no Brasil. O motivo é a falta de uma legislação específica e o alto custo dos direitos autorais dos artistas.

A mudança da forma de consumo de música – sai a ligação para a rádio e o pedido daquele sucesso por telefone e entram as escolhas próprias, sem intermediação –, não são, no entanto, uma mudança de paradigma. É o que conta Kelly Prudêncio, professora do De­­partamento de Comunicação da Universidade Federal do Paraná. "O rádio é facilmente adaptável e foi acompanhando as pessoas ao longo do tempo. Antes era em casa, depois no carro, e agora na internet", explica.

O fator idade também in­­flu­­en­­cia na utilização dessas novas mí­­dias. Se antes havia, conta Kelly, a "geração da demanda" – aquela que se reunia em torno do rádio para ouvir as últimas da Rádio Na­­cional –, hoje existe a geração da oferta, marcada justamente pela produção e distribuição de conteúdo, justamente o caso das rádios on-line pessoais.

Problemas amorosos

Aproveitando as ondas das novas tecnologias, três amigos de Curi­­tiba resolveram criar um curioso podcast – arquivo de áudio que pode ser acessado on-line. O publicitário Túlio Pires Bragança, o advogado Walter Petla Filho e o músico Giancarlo Rufatto são os responsáveis pelo Lovecast, disponibilizado em redes sociais semanalmente e que está na edição de número quatro.

"A ideia surgiu quando percebi que dois amigos e eu estávamos com dor de cotovelo depois do fim de namoros e conversávamos bastante sobre os rumos das relações atuais", explica Bragança.

Eventualmente, há uma participação feminina, que comenta e questiona os marmanjos sobre "as relações humanas da atualidade". Tudo isso em meio a uma trilha pra lá de romântica. "Não é para ser piegas, nem brega. Cada programa tem um tema, puxado por algo da atualidade, algo que foi noticia, algo que aconteceu com a gente ou até mesmo a letra de uma música."

Um dos programas foi em­­balado por "Gran­­de Hotel", música do Kid Abelha, a pedido de um ouvinte que perguntou: "Será que é preciso ficar só para se viver?".

Diferenças tecnológicas e humorísticas à parte, o Lovecast remete aos programas noturnos que têm por objetivo unir pessoas solitárias. Havia, por exemplo, o Boa Noite Amizade, sucesso na Rádio Caiobá na década de 1990. A voz de veludo responsável por apaziguar corações em descompasso também está presente no programa Casamenteiro, sucesso há 40 anos nas ondas da Rádio Colombo.

Serviço:

Na internet: ouça o Lovecast em http://soundcloud.com/lovecast

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