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Jair Bolsonaro decreta o fim do horário de verão. Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Jair Bolsonaro decreta o fim do horário de verão. Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil| Foto:

Acabou-se o horário de verão. Maldito horário de verão, pelo menos para mim. O horário de verão que não significava uma economia de energia elétrica marcante, e por outro lado significava um gasto muito pesado de energia humana.

Imagine isso para crianças que iam para escola no escuro; para os trabalhadores que precisam começar cedo no trabalho; para as pessoas que ficam com menos horas de sono e não conseguem se recuperar; para as companhias aéreas que têm acertar o horário, porque o nordeste e o norte não pegavam o horário.

Enfim, uma grande pedida essa do decreto do presidente da República.

E o ex-presidente Collor?

Ele havia sido absolvido no Supremo daqueles crimes que lhe imputaram a ponto de impedi-lo de continuar governando. O Supremo não encontrou provas apenas notícias-crime.

No entanto, o Ministério Público (MP) está pedindo 22 anos de prisão para ele por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em propinas e falcatruas com a BR Distribuidora, no tempo do governo Dilma, de 2010 a 2014. A defesa dele alega que não há provas a respeito disso.

Corrupção dentro do Ibama

O Serviço Florestal Brasileiro está sobre investigação da Polícia Federal, que ontem executou seis mandados de prisão, inclusive de um sujeito que foi Superintendente do Ibama.

Também está se investigando corrupção dentro do Ibama no tempo do governo do PT, que resultou em derrubada de árvores e de comércio ilegal de madeira na Amazônia. Olha só. A gente ficava falando de meio ambiente, e as pessoas ganhando dinheiro com isso, pagando propina dentro dos órgãos governamentais.

Isso foi um dia depois de uma grande operação coordenadas pelos Chefes de Polícia Civil de todos os estados que puseram na cadeia quase 4 mil criminosos perigosos por roubo – roubo é mais do que furto, é furto com violência -, homicídios e estupro. Esses estavam soltos por aí.

Eu não estou falando dos quase 500 mil mandados que não são executados porque não encontram as pessoas ou não tem lugar na prisão. Enfim, agora estão arranjando lugar na prisão. E os bandidos devem estar sentindo-se acuados porque, afinal, o crime está caindo no Brasil. É a política anticrime.

Ontem uma perseguição – que parece filme – de motociclistas, da Polícia Militar de São Paulo, pegou também o sujeito que estava fugindo pelo trânsito paulista, em altíssima velocidade.

Ou seja, a Polícia está estimulada pelas autoridades políticas, governadores, presidente da República a ir atrás dos bandidos e a aplicar a lei que já existe. Embora ela seja bem favorável à bandidagem, porque foi feita por outros bandidos de colarinho e de gravata que estavam imaginando o dia em que fossem flagrados naquilo que já estavam praticando.

Café com jornalistas

O encontro de Bolsonaro com jornalistas em torno de uma grande mesa já está virando rotina. Ele levou o vice, general Hamilton Mourão – mais uma vez ao lado dele -, e falou segurando o braço do Mourão:

“Olha, nós temos um casamento, dormimos juntos e a grande questão entre nós é saber quem vai lavar a louça”. E o Mourão já respondeu, mostrando que estava afinado: “Ou quem vai cortar a grama”.

Depois falou no filho Carlos Bolsonaro: “O Carlos é um pouco exaltado. Tenho conversado com ele, mostro que muitas vezes não concordo com o que ele diz”.

Jair Bolsonaro está botando ordem nisso que perturbou por muito tempo o interno do governo. Mourão já tinha se dado conta – eu já falei nisso aqui -, ele que é disciplinado, formado, em uma missão que oferece a própria vida em sacrifício, e já tinha decido calar-se.

E que papel feio esse de jornalista de leva e trás, quando diz: “O Carlos disse isso e isso do senhor, o que o senhor tem a dizer?”. Parece coisa de lavadeira. E ele respondeu “Vira a página”. Mourão já tinha mostrado isso na véspera.

E claro que o presidente Bolsonaro – tendo o Mourão de um lado e do outro lado o coração, o filho – conseguiu ser literalmente um algodão entre cristais, reconhecendo que o filho é exaltado.

Ele já falou com o filho a respeito, mas o filho deve estar magoado porque com uma nota o próprio presidente afastou o Olavo de Carvalho, que era considerado pelos jornalistas guru do presidente. Só que não era. Podia ser guru de um ou dois filhos.

Agora parece que se estabeleceu a paz, para o horror dos que queriam que a briga continuasse e para a tranquilidade dos que apoiam o presidente, na Câmara e no Senado e no próprio mercado. O presidente agiu com maturidade.

Depois de passado um tempo de sedimentar o governo, parece que está pegando o jeito e o rumo. Ele é o capitão do navio, literalmente, e isso é bom porque estamos todos no mesmo navio.

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