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Mauro Cezar Pereira
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Messi, que sorte temos por vê-lo jogar. Guardiola campeão. O que eles fariam novamente reunidos?

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Mauro Cezar Pereira
25/02/2019 00:16 - Atualizado: 29/09/2023 16:50
Jorge Guerrero/AFP
Jorge Guerrero/AFP

Imagine um time brasileiro considerado médio, capaz de incomodar os grandes, mas não de derrotá-los com frequência. Mas que costumeiramente se qualifica para a Libertadores e coleciona troféus da Copa Sul-americana. Agora pense num jogador que nesta equipe faz 36 gols, além de 16 assistências, em 37 partidas. Esse é o retrospecto de Lionel Messi contra o Sevilla, cinco vezes campeão da Copa da Uefa/Europa League, maior vencedor do certame e algoz do Liverpool de Jürgen Klopp em sua mais recente final da competição, em 2016.

Esses números, publicados no Twitter pelo ótimo Mister Chip (@2010MisterChip), pulverizam os argumentos, recheados de despeito, de quem tenta desqualificar os feitos do argentino sob a tosca alegação de que seriam risíveis os times que enfrenta. As marcas do craque, suas atuações impressionantes diante de pequenos, médios, grandes e gigantes, pulverizam as tentativas de quem insiste em desqualificar a obra do camisa 10. Só mesmo o fanatismo, a inveja, os ciúmes impulsionam as tacanhas teses anti-Messi.

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Em meio aos 4 a 2 do Barcelona sobre o Sevilla, fora de casa, sábado, pelo campeonato espanhol, Mister Chip publicava dados que escancaram o quão estupendo é seu desempenho, há anos. O genial jogador coloca a bola nas redes ou concede uma assistência a algum companheiro a cada 61 minutos quando enfrenta o Sevilla. Na ocasião em que Messi não esteve em campo, o Barça foi derrotado por 2 a 0. Possivelmente seria esse o placar de sábado, quando ele fez três gols e deu o passe para o quarto tento catalão.

Neste fim de semana, o camisa 10 do Barcelona se igualou a Cristiano Ronaldo como jogador com mais hat-tricks (três gols no mesmo jogo) por times espanhóis: 44. Se somarmos a isso as seis oportunidades nas quais alcançou tal feito pela seleção da Argentina, são 50 na carreira profissional. Além dos números, das estatísticas sempre sensacionais de Mister Chip, peço licença para reproduzir uma de suas frases no Twitter: “Que suerte tenemos de verle jugar“.

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GLYN KIRK/AFP

Pep Guardiola ganhou sua quarta disputa de pênaltis consecutiva (ao todo venceu seis em oito) com o triunfo do Manchester City sobre o Chelsea na final da Copa da Liga Inglesa após 120 minutos de futebol sem gol. Foi o vigésimo-quinto título oficial na carreira profissional do treinador catalão.

Mister Chip acrescentou que seus times erguem um troféu a cada 22,6 partidos oficiais sob sua direção, ou seja, uma taça na coleção após pouco mais de um turno de campeonato em pontos corridos, na média. Guardiola e Messi já trabalharam juntos. Com o tempo parecem cada vez melhores. O que fariam reunidos outra vez?

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Foi um fim de semana decepcionante no futebol inglês. O domingo reservou, em sequência, dois duelos entre quatro dos principais times do país, todos com torcida espalhada pelo mundo: Manchester United x Liverpool, na Premier League, seguido de Chelsea x Manchester City, a final da Copa da Liga. Depois de 210 minutos de bola rolando, nenhum gol e nível técnico das pelejas bem abaixo do padrão.

Os jogos disputados na Inglaterra alcançaram patamar elevadíssimo, e o campeonato local é o melhor, mais emocionante e disputado da Terra. Mas por circunstâncias diversas, como as quatro lesões no primeiro tempo de United x Liverpool, e a crise profunda do Chelsea, que jogou de forma mais cautelosa ante o City; a pelota não brindou os apreciadores do bom futebol desta vez. Ficou para a próxima.

Mas paralelamente, no Brasil, jogos (surpreendentemente) fracos servem de gancho para que entrem em ação os passadores de pano, os que minimizam a má qualidade do futebol praticado no país. O discurso, raso, óbvio, é de que lá também tem partida fraca. Claro que tem. O ponto nunca será esse, mas sim o fato de, em geral, os jogos em terras inglesas serem bons, já aqui…

Enquanto não encararmos nossa realidade, cobrando de treinadores, dirigentes, entidades, jogadores, de todos os envolvidos, seguiremos nas trevas. Faltam partidas mais bem jogadas, sistemas táticos atuais, postura mais ofensiva, o mínimo de coragem, e desejo de jogar bem (não confundir com o subjetivo “jogar bonito”). Vamos usar os bons exemplos como inspiração, não os ruins como pretexto para o conformismo.

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