Durante o período da infância, a visão ainda está em processo de desenvolvimento, assim como as capacidades cognitivas. Ter saúde visual é importante para que não haja impactos diretos em outros aspectos da vida, como o rendimento na escola. Por isso, o exame oftalmológico na infância é tão recomendado a partir do primeiro ano de vida.
“Se você não sabe responder quando foi a última vez que levou a criança ao oftalmologista, existe a possibilidade de existir algum distúrbio visual e você nem ter percebido”, afirma a médica oftalmologista em Curitiba, Dra. Ana Paula Canto.
Quando fazer o exame oftalmológico na criança?
O primeiro teste que a criança deve fazer já é ao nascer. O Teste do Olhinho é feito na maternidade e essencial para descartar mais de 20 doenças. Porém, ele é muito simples para descartar problemas que possam surgir com o crescimento.
Por isso, é importante que a criança repita o Teste do Olhinho com um ano de idade, para verificar a fixação ocular e algumas anormalidades. Aos três anos de idade já é possível fazer um exame completo. É possível medir a visão com desenhos, verificar se existe algum grau relevante. Além disso, o tratamento precoce com óculos e tampão tem melhores resultados.
Na idade escolar após os oito anos, a miopia começa a se tornar mais frequente e a dificuldade para enxergar de longe é o principal sintoma.
Quais os principais sintomas da dificuldade visual?
Os sintomas podem ser desde desinteresse por atividades de leitura, timidez ou sinais como franzir a testa para enxergar. Confira a lista de sinais que sinalizam um alerta:
- Piscadas excessivas
- Olhos lacrimejantes com frequência
- Olho torto (estrabismo)
- Confundir letras
- Franzir a testa
- Dores de cabeça frequentes
- Sensibilidade excessiva em ambientes com muita luz
- Tremores oculares
- Assistir TV muito de perto
- Fechar um dos olhos
Necessidade de óculos
Alguns problemas de visão se manifestam nos primeiros anos da vida. A hipermetropia pode ser detectada logo no início da infância. São olhos curtos demais que geram cansaço e esforço intenso para leitura e atividades de perto. Graus muito altos, diferença grande entre os olhos ou estrabismo são sinais que o tratamento deve ser precoce e muito bem supervisionado por um oftalmopediatra.
A miopia, o astigmatismo e a hipermetropia estão presentes em cerca de 8% das crianças menores do que quatro anos. Já entre as crianças até 9 anos, a probabilidade de apresentarem dificuldades visuais são de até 22%.
Portanto, fazer o acompanhamento periódico da visão do seu filho nos primeiros anos de vida é essencial para evitar problemas futuros.
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