Cerca de 10% das crianças em idade pré-escolar, tem dificuldade em falar e ou formular frases.
Cerca de 10% das crianças em idade pré-escolar, tem dificuldade em falar e ou formular frases.| Foto: ShutterStock
  • Por Hospital Iguaçu
  • 05/11/2019 10:59

Atraso e dificuldade para começar a formular as primeiras palavras e frases é uma realidade para cerca de 10% das crianças, em idade pré-escolar. Relativamente comum, o problema pode estar ligado principalmente a disfunções auditivas, cognitivas ou genéticas, mas também há casos em que a dificuldade pode estar sendo causada pela falta de estímulos ou excesso de contato com aparelhos eletrônicos, como televisão, celular e tablets.

De acordo com o otorrinolaringologista do Hospital Iguaçu, Dr. Renier Ykeda , é durante a primeira infância que o ouvido, um dos principais órgãos sensoriais do corpo, se desenvolve. “Ele está diretamente relacionado ao aprendizado e desenvolvimento da fala, já que é escutando que a criança começa a aprender as primeiras palavras. Dessa maneira a perda auditiva é um dos principais fatores relacionados ao atraso de fala”, explica o especialista.

Fala-se em atraso quando, aos 18 meses, o vocabulário da criança é menor que 15 palavras. Também estão atrasadas aquelas que aos dois anos conseguem pronunciar menos do que 50 palavras e aos 30 meses não desenvolvem a capacidade de combinar duas palavras para a formação das primeiras frases pequenas.

Especializados no atendimento otorrinolaringológico desde 1993, os profissionais do Hospital Iguaçu selecionaram cinco dicas para constatar se o seu filho está, de fato, atrasado em relação ao esperado para sua idade. Confira:

  1. Fique atento, se o bebê ou a criança não costuma reagir a barulhos intensos. A partir
    dos cinco meses já é esperado que a criança procure, com a cabeça ou o olhar, a fonte
    de emissão de ruídos;
  2. É sinal de alerta se o bebê demora para balbuciar as primeiras sílabas. Entre 12 e 15
    meses os bebês devem estar dizendo palavras simples, como “mãe”. Aos 18 meses
    eles já devem compreender indicações curtas, como “não” ou “pare”;
  3. Não responder quando os pais chamam também não é bom sinal, assim como pedir
    muitas vezes para que uma informação seja repetida;
  4. Falar muito alto ou pedir constantemente para aumentar o volume da televisão são
    indicativos de que algo pode estar errado;
  5. As primeiras frases curtas são esperadas aos 3 anos. Já entre os 4 e 5, as crianças
    devem ser capazes de contar histórias simples.

Tratamento

Se constatado alguma dessas dificuldades, o conselho é que um especialista na área de audição e fala seja consultado, para correta avaliação e diagnóstico, evitando assim prejuízos ao desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. “Dependendo da causa do atraso pode ser necessário acompanhamento multidisciplinar, com psicólogos e terapeutas ocupacionais, por exemplo, ou até mesmo tratamentos clínicos ou cirúrgicos”, pontua Ykeda. “Se a causa for perda auditiva, aparelhos auditivos, cirurgias ou implantes cocleares podem ajudar seu filho a ouvir e apreender a falar. Além disso irá sempre precisar de acompanhamento e sessões de fonoterapia”, exemplifica.

O Hospital Iguaçu, localizado na Av. Iguaçu, 3233, oferece um corpo clínico com 23 profissionais, coordenado pelo médico Dr. Maurício Buschle. A agenda de atendimento oferece inclusive a possibilidade de consultas no mesmo dia.