Diagnóstico de leucemia mais específico aumenta chances de sucesso no tratamento
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  • Por Mantis Responsável Técnica: Marcela Bonin - Bióloga - CRBIO: 83086/07-D
  • 12/11/2020 13:20

O primeiro passo para o diagnóstico da leucemia, seja ela aguda ou crônica, é o exame físico, que envolve análise do baço, da gengiva, do fígado, presença de sangramentos e aumento de ínguas. Um hemograma posterior pode confirmar se há anemia e baixa no número de plaquetas. Com esses resultados é recomendado verificar a medula óssea e, se possível, recorrer a outros exames mais complexos em paralelo.

Contudo, quanto mais preciso for o diagnóstico, mais assertivo pode ser o tratamento. Diferentes tecnologias se complementam para dar luz ao médico e ao paciente. De acordo com o médico Eduardo Cilião, coordenador do Setor de Citometria de Fluxo do laboratório Mantis Diagnósticos Avançados, essas técnicas apontam para um futuro em que o tratamento será cada vez mais específico para cada caso.

“O ideal não é ter apenas um desses exames, porque eles se complementam, como um quebra-cabeça. Às vezes, o tratamento pode estar em excesso ou abaixo do necessário para um paciente pela falta de definição do prognóstico a partir dos exames. Com estas tecnologias, nós podemos corrigir e avançar para a terapia personalizada”, afirma o médico.

Leucemia aguda

O diagnóstico de leucemia aguda envolve diversas técnicas. Uma delas é a morfológica, que se chama mielograma - em que o médico analisa as características celulares da doença. “Você tem uma chance de acerto de 80% com essa técnica”, diz.

Outro passo para o diagnóstico é a imunofenotipagem, onde é possível marcar as células da leucemia com antígenos. A amostra do paciente passa por um citômetro de fluxo, aparelho capaz de ver qual positividade e negatividade a célula tem para cada um dos marcadores. Com isso, é possível saber se ela é linfoide ou mieloide, uma distinção essencial porque o tratamento delas é diferente. O exame certeiro é importante para poder iniciar o tratamento correto. Além dessas leucemias, existem ainda as de fenótipo misto, que exigem um exame mais detalhado, apesar de serem mais raras. Esta é a leucemia biclonal.

É recomendado também que se faça uma análise citogenética, para analisar os cromossomos da doença. Nesta análise é possível encontrar alterações que só existem em tipos específicos de paciente. O exame pode ser prognóstico, porque existem mutações que já se têm conhecimento das chances reais do paciente ficar curado.

O médico do Mantis Diagnósticos Avançados cita também o exame molecular, que analisa os genes do tumor. “Ele é mais refinado. Existem genes de bom e mau prognóstico e a análise molecular pode mostrar quais são as chances de cura e quais são as chances de transplante”, explica.

Leucemia crônica

A leucemia crônica é mais comum em pacientes idosos. Ela se desenvolve mais devagar e precisa de atenção na hora do diagnóstico. Há a linfocítica crônica e a leucemia mieloide crônica, onde há uma alteração citogenética. Essa foi a primeira doença com tratamento de terapia alvo, em que o Mantis é especialista. “Antes a única chance de cura era o transplante, mas agora há um medicamento feito com base no perfil genético do tumor”, diz Eduardo Cilião. Com o tratamento é possível ter uma vida normal mesmo com a leucemia crônica, mantendo acompanhamento médico frequente.

Corrida contra o relógio

Os exames de medula, como mielograma, ficam prontos em 24h. Já a biópsia de medula sai em 7 dias. O exame molecular também tem resultado em cerca de 7 dias. A citogenética é um exame artesanal, para analisar os cromossomos, então é um exame demorado, que leva cerca de 15 dias.  Com os exames em mãos, é possível começar o tratamento adequado.

As chances de cura de cada tipo de leucemia variam de caso para caso. A leucemia aguda, por exemplo, depende do resultado do exame citogenético. A leucemia linfoblástica aguda tem maiores possibilidades de bons resultados com a quimioterapia - o índice de cura em crianças afetadas chega a 90%. Já a leucemia crônica pode ser tratada com as drogas-alvo, a partir do exame molecular.

Mantis Diagnósticos Avançados

Os exames diagnósticos e prognósticos da leucemia estão entre as especialidades do Mantis Diagnósticos Avançados. O laboratório é referência em Oncologia Molecular, área que foca em desenvolver pesquisas que mapeiam os mecanismos biológicos de vários tipos de câncer.

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