Embora tenham algumas semelhanças, cães e gatos têm um jeito próprio de se comunicar.
Embora tenham algumas semelhanças, cães e gatos têm um jeito próprio de se comunicar.| Foto: Shutterstock
  • Por My Pet
  • 13/10/2021 17:32

Quem tem um animal de estimação sabe o quanto a vida pode ser mais alegre e cheia de amor, seja ele um gatinho fofinho ou um cãozinho peludo. Mas apesar de existirem algumas semelhanças entre as duas espécies, ao observarmos o comportamento de cada um, encontramos muitas diferenças.

Isso acontece porque, assim como nós, os pets têm um jeito próprio de se comunicar e agir e cada espécie tem características particulares.

No dia a dia, as diferenças são bem aparentes

A independência dos gatos em relação a seus donos é uma das diferenças comportamentais mais visíveis. Enquanto os cães são bastante apegados a seus tutores, os felinos não são assim, embora tenham respeito por eles.

Outra distinção marcante é na hora de dormir. A maioria dos cachorros dorme durante a noite, na mesma hora de seus donos. Já os gatos preferem dormir durante o dia e aproveitar o período noturno para passear pela casa.

A hora das necessidades fisiológicas é outro momento distinto. Enquanto os cachorrinhos não se importam com um local para fazer suas necessidades, os gatos, desde filhotinhos, procuram lugares adequados e dificilmente farão fora das caixas de areia.

Os bichanos também sabem realizar a auto limpeza, o que implica em grande tempo gasto realizando lambedura do próprio corpo. Por outro lado, os cães precisam de banho para ter uma pelagem limpa.

“É importante lembrar que o banho estético não é recomendado para felinos por causar estresse desnecessário. Além disso, ambos podem ser treinados para comandos e truques, principalmente com uso do reforço positivo”, explica o veterinário Dr. Daniel Cooper da My Pet.

A hora de brincar

Cães e gatos precisam expressar os comportamentos próximos aos que eles teriam na natureza para manter a mente saudável.

“Isso pode incluir a disposição de brinquedos lúdicos e interativos para que o pet interaja e crie uma relação positiva com aquela atividade”, explica Dr. Daniel Cooper.

O veterinário ainda reforça que, caso não seja fornecido o enriquecimento ambiental correto para cada espécie, é comum a ocorrência de eventos como chinelos, sofás, mesas ou até mesmo portas, parcial ou totalmente, destruídas por patas e dentes.

Diversão com os bichanos:

Embora os gatinhos levem a fama de preguiçosos, a brincadeira é importante para o bem-estar deles. Mas afinal, que tipo de diversão os atrai? Não podemos esquecer que, na natureza, os felinos são caçadores e, por isso, devemos estimular esse instinto neles.

Nesse sentido, as brincadeiras com os gatos devem ser passivas, ou seja, a aproximação deve partir deles, como por exemplo, balançar uma pena com uma varinha ou jogar uma bolinha (que pode ser até de papel).

Assim, proporcionamos a eles vários benefícios físicos e emocionais, deixando-os mais saudáveis, calmos e contentes.

Brincadeira com os cães:

Já os cachorros, quanto mais aproximação efetiva do tutor, melhor. A brincadeira é essencial para o bem-estar deles.

Eles são pets extremamente sociais e, por isso, precisam gastar energia com passeios e atividades, caso contrário, podem ficar ansiosos e deprimidos.

Brincar com o cão vai estimular seu estado físico e mental. Ou seja, quando o tutor participa de momentos diários de brincadeira com ele, já o ajuda a diminuir as chances de ficar entediado ou aprontar travessuras.

Para quem mora em local pequeno, brincar com os cachorrinhos é ainda mais importante, já que eles não têm espaço para correr e gastar energia.

Passeio fora de casa

Os cachorros amam correr e serem levados para passear. Eles são totalmente dependentes de seus donos para conhecer novos lugares. Pode não parecer, mas a hora do passeio também é um momento de brincadeira para eles.

Por isso mesmo eles ficam tão eufóricos quando entendem que vão passear. É fundamental que esses momentos sejam diários, principalmente se o pet passa a maior parte do seu dia sozinho ou mora em um local muito pequeno.

Os cães também admitem a coleira muito bem, ao contrário dos gatos (apesar de existirem exceções). Aliás, os bichanos são totalmente independentes quando é hora de passear. Eles costumam sair e voltar sozinhos para casa.

Hora de viajar

Viajar já é bom, imagine com os pets do lado. Esse é um momento muito especial para toda família, mas exige alguns cuidados essenciais para poder aproveitar muito e não transformar a diversão em um problema.

“Para viagens, os animais precisam estar com as vacinas, vermífugos e antipulgas em dia. Caso haja fiscalização isso pode ser exigido, principalmente a vacina antirrábica”, reforça o veterinário do My Pet.

O gato gosta de viajar?

Os felinos são territorialistas e, por isso, não se sentem bem quando estão fora do ambiente que eles conhecem e estão acostumados.

Justamente por isso, viajar com o gatinho pode ser bem desagradável para ele. Sendo assim, o tutor precisa ficar de olho na comodidade do bichinho para não comprometer sua saúde.

Então, se esse é seu caso e você precisa levar o bichano na viagem, é importante tomar alguns cuidados para deixar o trajeto mais agradável:

  • Leve alguns itens essenciais, que são familiares ao seu gato. Por exemplo, os brinquedos preferidos dele;
  • Não esqueça da ração dele;
  • Visite o veterinário antes de viajar. Explique como será a viagem, o trajeto e tire todas as dúvidas;
  • Lembre-se dos remédios, caso ele esteja em tratamento;
  • Cuidado com as fugas, pois se ele estiver desconfortável, poderá tentar escapar;
  • Coloque uma identificação no seu gatinho. Mesmo com todos cuidados, incidentes podem ocorrer.

Se a viagem for de carro, sempre leve-o na caixinha de transporte, que deverá ser grande o suficiente para ele ficar em pé e se movimentar confortavelmente, colocada no banco de trás.

Se for de avião, também é necessário transportar o gatinho em uma caixinha, com o mesmo conforto. Nesse caso, a caixa também precisa atender às exigências da companhia aérea.

O cachorro gosta de viajar?

Os cachorros são famosos por serem muito companheiros e apegados a seus tutores. Em uma viagem não vai ser diferente.

Então, se você não abre mão de ter a companhia do seu pet naquela viagem de férias, afinal ele também é da família, saiba que alguns cuidados são essenciais para a saúde e conforto dele.

A primeira coisa a fazer é providenciar o transporte do seu amigo peludo e garantir que ele fique protegido de qualquer problema durante o trajeto. Além disso, o transporte irregular de animais pode gerar multas.

Por isso, utilize caixa de transporte com cinto de segurança ou cadeirinha para cachorro, semelhante à de bebês, sempre no banco de trás. Essas são as formas mais seguras e confortáveis para passear com seu pet por aí.

Se você está pensando em pegar a estrada com seu melhor amigo e deseja que ele chegue tranquilo e feliz, é importante seguir estas recomendações:

  • Não viaje em horários em que o sol esteja forte;
  • Evite pegar a estrada em horários de trânsito e engarrafamentos;
  • Faça paradas regulares para o cachorro passear um pouco e fazer suas necessidades;
  • Leve algum objeto que ele goste e esteja acostumado, como um brinquedo.

O veterinário da My Pet destaca que os animais nunca devem ficar soltos dentro do carro, mesmo sendo calmos, pois sua movimentação pode causar distração no motorista e, no caso de acidentes, sem o cinto ou fora da caixa de transporte, podem se machucar mais.

Se a viagem for de avião ou ônibus, as regras mudam um pouco. No caso terrestre, além de estar em uma caixa de transporte, o animal precisa de um atestado do veterinário.

Já se for uma viagem aérea, as exigências são maiores e cada companhia possui suas próprias regras, que precisam ser consultadas.

Seja qual for o meio de transporte, o ideal é que seu cão passe por uma consulta antes de viajar, para realizar um check-up e receber as recomendações necessárias.

“Animais agitados ou que sentem muito enjoo em viagens devem consultar um médico veterinário antes para avaliação e prescrição da medicação mais correta para cada caso”, reforça Dr. Daniel Cooper.

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Linguagem corporal

Os pets não falam, mas seus corpos sim. Cães e gatos utilizam a linguagem corporal para expressar diversos sentimentos e, assim, se comunicarem com seus tutores.

Nesse sentido, é importante tentar entender o que nossos bichinhos desejam “falar” e, assim, evitar que eles fiquem estressados por não terem algumas de suas necessidades atendidas.

Algumas posturas comuns:

Cachorro:

  • Rosto virado – me respeite;
  • Quadril suspenso e rabo abanando – brinca comigo;
  • Coceira constante, sem problemas de saúde – estou estressado;
  • Barriga para cima – estou feliz e confio em você;
  • Orelhas e rabo baixos – estou com medo.

Gato:

  • Rabo erguido com a ponta virada – quero ser seu amigo;
  • Rabo erguido com pelos arrepiados – estou furioso;
  • Rabo entre as pernas – estou assustado;
  • Rabo baixo, subindo e descendo – estou agitado;
  • Rabo na altura do corpo – estou interessado no que você está fazendo.

Diferenças na alimentação

É fundamental entender as necessidades nutricionais de cada animal. Além disso, cães e gatos têm um tipo de alimentação diferente.

Os cães são onívoros, ou seja, podem desfrutar de uma variedade maior de alimentos. Já os gatos são carnívoros e, por isso, só consomem proteínas e gorduras de origem animal.

No entanto, existem algumas frutas e verduras boas para os bichanos, capazes de ajudar e fortalecer seu sistema imunológico, mas é importante ficar claro que elas não substituem a dieta carnívora do gatinho.

Outra diferença entre as duas espécies é que os gatinhos têm um paladar muito mais seletivo e, assim, são mais restritos em relação a novidades no seu dia a dia, inclusive com a alimentação.

Em relação à mastigação, os cachorros não sabem muito bem o que é isso. Eles engolem praticamente tudo com o mínimo de mastigação, principalmente aquelas raças mais gulosas, como labrador e o beagle, por exemplo.

Por outro lado, os felinos raramente se comportam do mesmo jeito, pois costumam fracionar a comida, podendo comer várias vezes ao dia em pequenas porções, suficientes para satisfazer sua fome.

Manejo ambiental, sobretudo para gatos

O gato necessita de ambiente especializado, muitas vezes chamado de "gatificado", para ficar confortável, com prateleiras altas, locais de toca, caixas de areias suficientes - sempre no número de felinos que habitam a casa - assim como também comedouros e bebedouros.

“Na clínica, é frequente a ocorrência de casos de constipação, cistites, alteração do apetite ou mesmo distúrbios comportamentais, como auto-lambedura compulsiva, quando não é ofertado o ambiente enriquecido da maneira correta para o paciente”, acrescenta o veterinário Dr. Daniel Cooper.

My Pet

Agora que você já sabe quais as diferenças de rotina e comportamento de cães e gatos, já pode cuidar ainda mais da saúde dele. O plano My Pet possui uma equipe de veterinários experientes e especialistas em diversas áreas.

Dessa maneira, os pets cobertos pelo plano são cuidados por profissionais qualificados, capazes de identificar da maneira mais assertiva possíveis patologias e outras questões, a partir de uma análise clínica mais apropriada.

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