Thiago Araki, diretor sênior de tecnologia e GTM da Red Hat para a América Latina
Thiago Araki, diretor sênior de tecnologia e GTM da Red Hat para a América Latina| Foto: Flavio Santana / Divulgação
  • Por Red Hat
  • 31/10/2022 10:32

Grandes players de variados setores vêm investindo na computação em nuvem como estratégia fundamental para reativar o crescimento após uma desaceleração histórica. Esses esforços são ainda mais proeminentes na América Latina, onde a busca pela ampliação da oferta de serviços é crescente em setores que vão desde o governo até o comércio eletrônico.

Até 2023, pelo menos 40% das cargas de trabalho corporativas deverão ser implantadas em serviços de infraestrutura e plataforma em nuvem, como prevê o Gartner. Segundo a consultoria, até 2025, em resposta aos requisitos de desempenho, segurança e conformidade, 60% das organizações terão serviços de nuvem dedicados, seja no datacenter ou em uma instalação do provedor de serviços. Esse conceito está ligado a duas importantes perspectivas que seguem como tendência: a nuvem híbrida e a edge computing.

Pesquisa realizada pela Red Hat, líder mundial no fornecimento de soluções open source empresariais, no fim do ano passado, mostrava que, já para 2022, quase metade (43%) das corporações ouvidas esperava contar com uma estratégia de nuvem híbrida, registrando um crescimento de 5% em relação a 2021. E a tendência de adoção dessa tecnologia deve se manter em alta: buscando consistência de dados distribuídos, 75% das organizações devem implementar ferramentas para logística de dados multicloud (outro termo para se referir à nuvem híbrida) até 2024, como aponta o Gartner.

"As soluções gerenciadas em nuvem aliadas ao open source formam uma combinação poderosa para o desenvolvimento de ferramentas disruptivas, capazes de endereçar demandas específicas, ajudando a superar desafios de qualquer natureza e escala, além de apoiar a adoção e a implementação de novas tecnologia de ponta, como a inteligência artificial, o aprendizado de máquina e também a edge computing", afirma Thiago Araki, diretor sênior de Tecnologia e GTM na Red Hat para a América Latina.

Em um cenário cada vez mais dinâmico, volátil e incerto, as organizações precisam modernizar sua infraestrutura para reduzir a complexidade de suas operações e disponibilizar aplicativos com mais agilidade. “A oferta de soluções que modernizam processos legados e abrem espaço para a inovação libera as organizações para focar esforços e recursos naquilo que sabem fazer melhor, em sua diferenciação competitiva no mercado, e na geração de valor para os clientes. Neste sentido, as soluções open source saem na frente proporcionando escalabilidade, flexibilidade, agilidade, transparência e segurança a um custo acessível”, acrescenta Boris Kuszka, Diretor dos Arquitetos de Solução da Red Hat.

Durante a jornada de digitalização das organizações, algumas tendências se destacam na estruturação de modelos de negócio nativos da nuvem. Em 2023, propósitos específicos, a busca por escalabilidade e a aceleração do portfólio de serviços prometem acelerar ainda mais a transformação digital das companhias e influenciar mais diretamente o mercado de cloud, como apontam os especialistas da Red Hat.

Modernizar é preciso

Até 2024, a maioria dos aplicativos legados receberá algum investimento de modernização, com serviços em nuvem usados ​​por 65% dos aplicativos para estender a funcionalidade ou substituir código ineficiente, revela recente estudo do Gartner. Os serviços de nuvem aparecem como um importante aliado nesse movimento, pois permitem aos desenvolvedores rapidez no desenvolvimento dos projetos nativos da nuvem híbrida, escala de maneira contínua em diversas nuvens e geografias e redução de complexidade.

Segurança em primeiro lugar

De acordo com os especialistas, o número crescente de ciberataques vai manter o foco das corporações na segurança. Se no ano passado pesquisa da Red Hat já apontava que 46% das empresas tinham o tema como prioridade para investimentos, em 2023 esse número deve subir ainda mais. Nesse contexto, os serviços gerenciados em nuvem aparecem com a principal solução do mercado no próximo ano, já que, ao oferecer uma plataforma unificada de gerenciamento, proporciona segurança para coletar e mover dados em um contexto híbrido.

O futuro da nuvem é vertical

Nos próximos 18 a 24 meses, um número crescente de organizações em todos os setores irá começar a explorar as maneiras que a nuvem pode ajudá-las a endereçar necessidades verticais, como aponta um relatório da Deloitte. A análise da consultoria projeta que o valor do mercado de nuvem na indústria pode chegar a US$ 640 bilhões nos próximos cinco anos. Focadas em extrair valor dos dados e escalar seus negócios, as empresas devem adotar cada vez mais nuvens de fornecedores que se encontrem associados ou interligados por um segmento ou tema específico.

O surgimento de componentes modulares dedicados a determinadas áreas do setor deverão permitir que as organizações construam rapidamente ofertas diferenciadas sem ter que alocar esforços para desenvolver totalmente a tecnologia de infraestrutura. O Red Hat OpenShift Data Science é um exemplo perfeito de serviço gerenciado de nuvem voltado ao desenvolvimento de aplicações inteligentes. A solução proporciona um ambiente completo para desenvolvimento, treinamento e teste de modelos de machine learning (ML) para inteligência artificial (AI) em nuvem pública antes de colocá-los em produção. Um apoio importante para suportar o crescimento da adoção dessas tecnologias que poderão somar investimentos de quase US$ 100 bi até 2023, segundo relatório da IDC.

Conexão edge

As plataformas de edge computing representam software e hardware que viabilizam uma arquitetura de computação distribuída zero-touch, oferecendo segurança e compatibilidade com aplicativos próximos ou na edge. Por meio do código aberto, a edge computing oferece uma oportunidade de estender a nuvem híbrida aberta até as fontes de dados e usuários finais, fornecendo insights e experiências no momento em que são mais necessários. Não à toa, até o final de 2023, 20% das plataformas instaladas de edge serão entregues e gerenciadas por provedores de nuvem de hiperescala, prevê o Gartner.

Plataforma como serviço

Os serviços de nuvem atendem níveis que vão desde a infraestrutura até as plataformas, e perpassam software e tecnologias que podem ser orquestradas por meio de soluções open source para acelerar o time-to-market e obter máxima eficiência de maneira ágil. Em menos de dois anos, plataformas de Integração como Serviço (iPaaS) e de aplicativos de low code (LCAP) também deverão alcançar o patamar da produtividade, nível em que os benefícios reais são demonstrados e aceitos pelas empresas, prevê o Hype Cycle for Cloud Platform Services do Gartner. A expectativa é de que as Funções como serviço (FaaS), que possibilitam gerenciar aplicativos como funções sem precisar manter sua própria infraestrutura, movimentem US$ 24 bilhões até 2026, indicam dados da consultoria Allied Market Research.

Todas essas tendências que começam a se concretizar para o próximo ano despontam como respostas acertadas para as principais necessidades do mercado atual. A nuvem híbrida,  ancorada por serviços gerenciados pautados pelas soluções open source, se mostram como um dos melhores caminhos para acelerar o desenvolvimento de aplicações, solucionar o gap de habilidades, corrigir processos e efetivar uma jornada estratégica e eficaz de transformação digital.