Podemos confiar na previsão de temperatura e chuva que é mostrada em placas e relógios de rua?
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  • Por SIMEPAR
  • 07/08/2020 13:15

A condição do tempo é um aspecto que está totalmente ligado a rotina da população. Ao acordar pela manhã, os aparelhos smartphones já mostram a temperatura atual, além de ouvir o tempo todo jornais na televisão e rádio falando sobre isso.

Com essa previsão, é possível saber, logo ao acordar, o dia que lhe espera. Há como programar a roupa adequada para a temperatura e se, por acaso, irá cair uma chuva estrondosa no meio da tarde. A previsão do tempo é uma grande aliada.

No entanto, para que essas previsões sejam consideradas oficiais, existem algumas normas mundiais definidas pela Organização Meteorológica Mundial - OMM. Elas servem para modelos meteorológicos que estimam essas informações por meio de cálculos matemáticos.

Há, também, a medição feita por estações meteorológicas e hidrológicas, capazes de fazerem as medidas reais do que está acontecendo. Essas estações são totalmente automáticas. Elas contém sensores acoplados a um coletor de dados, chamado datalogger, que enviam os dados coletados via mensagem de celular ou satélite. O programa permite que essas informações sejam armazenadas em tempo real ou a cada 15 minutos.

Essas estações devem seguir os padrões da OMM. Eles determinam de que maneira a instalação deve ser feita para que o dado medido não tenha interferência de construções ou até mesmo da exposição direta do sensor ao sol.

Esse é um dos motivos pelos quais os dados mostrados nos relógios ou placas de ruas são diferentes dos registrados e divulgados pelos órgãos oficiais. Há, no Brasil, centenas de estações que obedecem os padrões da OMM que estão instalados em diversos estados. Os mais comuns são as estações meteorológicas, hidrológicas e pluviométricas.

Essas estações, além de medir temperatura e chuva, conseguem captar direção dos ventos, intensidade, velocidade, rajada, radiação solar, umidade relativa e pressão atmosférica.

Já as estações hidrológicas estão concentradas nas bacias hidrográficas e monitoram nível de rio, vazão e a chuva. Algumas delas também podem monitorar dados relacionados a qualidade da água. As pluviométricas, medem apenas chuva e possuem um custo menor, por essa razão acabam tendo uma facilidade de instalação e manutenção.

No Paraná, o Simepar - Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná -, é referência nacional em instalações, manutenções e gestão de redes de estações. Por conta desse serviço, empresas podem solicitar ao Simepar atendimento a condicionantes de outorga e de operação. O órgão possui mais de 100 estações destas categorias no estado, além de diversas em outras regiões do país.

O histórico de dados coletados de sua rede de estações no Paraná, também permitiu que os modelos de previsão fossem aperfeiçoados de acordo com as peculiaridades do estado ao longo dos anos. Isso fez com que meteorologistas e pesquisadores tivessem um auxílio importante no trabalho cotidiano.

Comprovação de danos

Outro serviços prestado pelo Simepar que é muito comum é o fornecimento de laudos meteorológicos e série de dados usados para comprovação de danos após temporais e eventos extremos.

Para a construção dessas informações, são usados os dados medidos nas estações mais próximas, além de imagens de radares e dados de raios, que ajudam a complementar as informações.