Por que existem mais raios no verão e como se proteger de acidentes
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  • Por SIMEPAR
  • 28/01/2020 19:03

Dias de calor e sol são a cara do verão, mas a estação também é conhecida por ser bastante chuvosa, principalmente por tempestades que vêm e vão rapidamente. Junto com elas, raios e relâmpagos atingem o céu e o solo, sendo, muitas vezes perigosos. Com a maior parte do país dentro da região tropical, o Brasil aparece nas primeiras colocações quando o assunto é ocorrência de descargas atmosféricas.

O destaque do Brasil fica por conta de sua área central, onde a abundante disponibilidade de umidade e calor favorecem o crescimento das nuvens e a ocorrência de tempestades elétricas, principalmente nos meses mais quentes do ano (de janeiro a março).

A formação de raios e trovões

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Simepar| Divulgação

Os processos meteorológicos que possibilitam uma alta quantidade de raios no verão começam na atmosfera, pela alta disponibilidade de umidade e calor. Esses dois ingredientes funcionam como combustível para a formação de nuvens e a consequente ocorrência de chuvas. Assim, a atmosfera se torna mais instável e favorável para chuvas. As tempestades podem acontecer a qualquer hora do dia, entretanto as mais comuns são a tarde e à noite. Mesmo que o dia comece ensolarado, os temporais podem se desenvolver muito rapidamente.

As nuvens crescem num ambiente em que diversos processos ocorrem simultaneamente e forçam o transporte do ar úmido e aquecido para cima, numa altura que pode chegar até 20 km. Quanto maior o desenvolvimento vertical das nuvens, menor é a temperatura no seu topo. Neste ciclo, as gotas d’água congelam, unem-se umas às outras e o movimento constante no interior da nuvem gera colisões entre os cristais de gelo, flocos de neve e granizo, fazendo com que a nuvem se torne eletricamente carregada por dentro.

A produção de energia aumenta até o acúmulo de cargas elétricas provocar descargas de grande extensão (quilômetros) e intensidade (quiloampere), ocorrendo entre a nuvem e o solo ou entre a própria cadeia de nuvens. Surgem então as Cumulonimbus, nuvens muito desenvolvidas, que atingem, em média, 12 km de altura e que representam as únicas capazes de produzir a descarga elétrica.

Neste fenômeno, extremamente comum no verão brasileiro, o que vemos é o raio e o que escutamos é o trovão.

Evitando acidentes com raios

As primeiras recomendações para se proteger dos raios é ficar em ambiente coberto, evitar contato com objetos que conduzem eletricidade, não deitar no chão e não tomar banho ou nadar.

Tendo em vista a gravidade do assunto, algumas empresas que realizam operações ao ar livre perceberam a importância de possuir um monitoramento de tempestade que pudesse ajudar a evitar acidentes às equipes de campos ou dispensar atividades de trabalho.

Simepar - Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná possui alta tecnologia de sensores modernos, alocados em pontos estratégicos que identificam, em tempo real, a perturbação causada pela ocorrência de descarga atmosférica e conseguem posicionar o local e a intensidade do raio. Com quase trinta anos de experiência, o Simepar realiza o serviço de monitoramento de tempestades, como as associadas às descargas elétricas, vendavais e chuvas intensas, para empresas de diversos segmentos em todo o Brasil. Além de possuir uma rede própria de sensores de detecção de raios, o Simepar participa de uma rede nacional que possibilita excelente cobertura e grande assertividade, e também equipes que trabalham em escala de revezamento 24h.