Como evitar síndrome dos olhos secos e melhorar a produtividade durante o dia a dia
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  • Por Visão com saúde
  • 30/04/2021 16:17

A síndrome do olho seco é a deficiência da produção da lágrima – ou da qualidade dela, e pode afetar diretamente a visão e a produtividade no trabalho. Ela pode atingir pessoas de todas as idades — principalmente as que usam muitas telas de computador, celular ou tablet ao longo do dia — porém, é mais frequente em pessoas acima dos 60 anos. Mas como identificar e tratar o olho secopara aumentar a produtividade?

Geralmente, a pessoa começa o dia bem, sem qualquer problema para enxergar. Ao longo do dia, os olhos começam a arder e surge a sensação de cansaço nos olhos. Pode surgir também vermelhidão, queimação, embaçamento e estafa visual ao fim do dia.

A médica oftalmologista Manuela Benites Gomes, da clínica Visão com Saúde, explica que a lágrima tem um componente de refração que, quando o olho está ressecado, deixa de corrigir um certo grau no olho. A pessoa sente a visão embaçada e, às vezes, só de lubrificar com um colírio, já percebe melhorar a visão. Não há necessidade de usar ou trocar os óculos, como muitos imaginam ao notar a vista embaçada.

Causas

A síndrome do olho seco é uma doença muito comum e pode ser causada por infecções bacterianas, alterações hormonais ou, até o excesso de oleosidade na pele. Até mesmo a exposição em excesso a ambientes com ar-condicionado e às telasde computador, celular e televisão, prejudica a visão.

Porém, a causa mais comum que aparece no consultório, segundo dra. Manuela, é a meibomite, uma inflamação das glândulas de meiobomius, responsáveis por produzir a gordura que fica na parte externa do filme lacrimal.

Para ficar fácil de entender, o filme lacrimal, que recobre os olhos, possui três camadas: a primeira delas é a mucosa, que fica em contato com o olho. Depois vem uma camada aquosa, que é influenciada diretamente pela ingestão de líquidos do paciente. E, por último, vem a camada de gordura. Ela tem a função de não deixar a água da segunda camada evaporar e, assim, manter o olho hidratado.

Porém, quando as glândulas de meibomius estão inflamadas, a produção de gordura fica deficiente ou insuficiente, deixando a água dos olhos evaporar muito rapidamente. Para melhorar, é preciso tratar a inflamação para que a glândula volte a produzir a gordura normalmente.

Mas, além da meibomite, também há outras causas comuns, como a menopausa, além do uso de medicamentos anti-depressivos, anti-hipertensivos ou diuréticos — todos eles alteram a produção das glândulas de meibomius. Mas o estilo de vida de algumas pessoas, com o uso excessivo de telas, também interfere. “Sabemos que quem usa telas, pisca 40% menos que o normal, ou seja, lubrifica menos os olhos”, explica a médica.

Outro fator é a idade. Com o passar dos anos, o problema é mais frequente, principalmente em mulheres. As pessoas mais idosas, além da falta de lubrificação natural e todas as disfunções que ocorrem no organismo decorrentes da idade, recorrem a mais medicações, fator que pode alterar o funcionamento das glândulas nos olhos.

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Lacrimejando o tempo todo

Por mais contraditório que pareça, pessoas que vivem lacrimejando – principalmente em locais em que venta muito, por exemplo – são vítimas do olho seco. Dra. Manuela explica que isso ocorre quando a glândula que produz gordura está afetada. O corpo aciona uma glândula acessória para produzir a lágrima e manter a saúde e a vitalidade da córnea, que é a parte do corpo que não pode deixar de estar lubrificada.

“A gente explica ao paciente que ele tem o olho seco. E ele contesta dizendo que o olho não para de lacrimejar. Aí precisamos explicar todo esse processo e mostrar que temos que dar ao corpo a lubrificação necessária para que o organismo pare de recrutar a glândula acessória”, diz a oftalmologista.

Tem cura?

O olho seco tem cura, explica a médica. O problema pode ser temporário em alguns pacientes e crônico em outros. Para alguns, o tratamento por algum tempo é o suficiente. Há, no entanto, aqueles que precisam de um tratamento contínuo para não deixar o problema voltar.

Porém, Manuela ressalta a importância de o paciente procurar um oftalmologista, que pode verificar qual a causa do olho seco e prescrever o tratamento adequado, que pode ir desde o uso simples de colírio, até o plug lacrimal, a luz pulsada e o tratamento da meibomite.

Saiba mais sobre o tratamento

“O que marca muito o olho seco é a pessoa ficar toda hora ‘lembrando’ que ela tem olho, porque está desconfortável na hora de piscar, como se ficasse com a pálpebra enroscando, ardendo, queimando. Na vida normal, é um órgão que está ali e a gente nem deve lembrar que ele existe. Mas tem solução”, analisa a médica.

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