Morreu, na madrugada deste domingo (13), o historiador e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) José Murilo de Carvalho após complicações de uma infecção por Covid-19. Ele tinha 83 anos e estava internado no Hospital Samaritano.
De acordo com informações do g1, o velório será às 9h desta segunda-feira (14) na ABL, no Centro do Rio. Em seguida, às 13h, o corpo do historiador será enterrado no mausoléu da instituição, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
De família mineira, Carvalho era considerado dos maiores intelectuais do país, tendo um papel importante no estudo sobre os reflexos da escravidão, do colonialismo, da formação do Império e da República, da relação dos militares com o poder influenciam o Brasil.
Ele era bacharel em Sociologia e Política pela UFMG e mestre em Ciência Política pela Universidade de Stanford, na Califórnia. Foi professor e pesquisador visitante nas universidades de Oxford, Leiden, Stanford, Irvine, Londres, Notre Dame, no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, e na Fundação Ortega y Gasset em Madrid. Também foi professor emérito da UFRJ e pesquisador emérito do CNPq. Eleito para a ABL em 2004, fazia parte também da Academia Brasileira de Ciências e escreveu 19 livros.
Em publicação no Twitter, o presidente da ABL, Merval Pereira, disse que a morte de Carvalho é uma perda para a cultura brasileira. “José Murilo de Carvalho era dos nossos maiores historiadores, que explicou nosso passado desde o Império e, a partir desse conhecimento, analisava a política brasileira recente com requintes históricos que ajudavam a antever o futuro, do qual se desiludiu nos últimos anos. É uma perda não apenas para a ABL, onde tinha sob seus cuidados nossos arquivos, mas para a cultura brasileira”, disse o jornalista.
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