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 | Juan Pablo Gutierrez/Netflix
| Foto: Juan Pablo Gutierrez/Netflix

A vida do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto em um ataque terrorista em Bagdá, em 2003, vai virar filme com o ator Wagner Moura no papel principal. A produção, ainda sem título oficial, será exibida mundialmente pela Netflix em 2019, mas ainda não há uma data exata para o lançamento.

O projeto é o primeiro longa de ficção do cineasta Greg Barker, ganhador do Emmy pelo documentário "Manhunt: The Inside Story of the Hunt for Bin Laden". Mas o tema não é novidade para Barker. Em 2009, ele dirigiu "Sergio" (2009), documentário sobre a vida de Vieira de Mello para o canal HBO. 

O roteiro de Craig Borten, indicado ao Oscar por "Clube de Compras Dallas" (2013), será baseado no livro "O Homem Que Queria Salvar o Mundo" (Companhia das Letras, 2008), de Samantha Power, ganhadora do Pulitzer e ex-embaixadora dos Estados Unidos para as Nações Unidas. 

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Wagner Moura, além de interpretar o diplomata que era descrito como "um encontro de James Bond com Bobby Kennedy", produzirá o filme ao lado de Brent Travers e Daniel Dreifuss, produtor do chileno "No", indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2013. 

A cubana Ana De Armas ("Blade Runner 2049") fará o papel de Carolina Larriera, economista argentina, mulher de Vieira de Mello e última pessoa a vê-lo com vida. Garret Dillahunt ("Fear the Walking Dead"), Will Dalton (Loving), Clemens Schick ("Praia do Futuro") e Brían F. O'Byrne ("Menina de Ouro") também vão compor o elenco. 

Missões diplomáticas

As filmagens começam em agosto e devem durar cerca de seis semanas, divididas entre locações no Brasil e na Jordânia —que normalmente serve de "dublê" para o Iraque. 

O filme focará nas missões de Sérgio Vieira de Mello durante seu período no Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, quando fez importantes avanços sócio-políticos no Timor Leste, Bangladesh, Camboja e outros países com problemas humanitários. 

Visto como o futuro da ONU por causa de sua capacidade de negociação, coragem e disposição de visitar o campo de ação, o carioca foi escolhido para representar o secretário-geral das Nações Unidas no Iraque, em maio de 2003. Meses depois, foi vítima de um ataque à bomba ordenado por Osama Bin Laden contra a sede das Nações Unidas em Bagdá. O longa também mostrará a luta de Vieira de Mello pela sobrevivência nas mais de três horas em que permaneceu preso nos escombros do Hotel Canal, onde trabalhava.

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