• Carregando...
Trem arrastou ônbus. Além de 25 feridos, acidente derrubou um poste | Aniele Nascimento / Gazeta do Povo/
Trem arrastou ônbus. Além de 25 feridos, acidente derrubou um poste| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo/

Um acidente envolvendo um ônibus do transporte coletivo e um trem deixou 25 pessoas feridas na manhã desta terça-feira (18) no bairro Cajuru, em Curitiba. Entre as vítimas, a mais grave é o motorista da linha alimentadora Vila Reno, que teve fratura no fêmur. Os outros feridos tiveram escoriações. O acidente foi por volta das 5h30, no cruzamento das ruas Reinaldo Rodrigues Lima com a Rutildo Pulido, onde outros dois acidentes entre trem e veículos já foram registrados este ano. Em um deles, uma pessoa morreu.

Segundo moradores, essa é terceira vez em dois anos que um ônibus da linha Reno colide contra um trem neste ponto. Até agora não se sabe qual a causa exata do acidente, mas, de acordo com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), o motorista do ônibus não teria percebido a aproximação do trem. Ele não teria ouvido nenhum sinal sonoro de alerta e, quando cruzou a linha férrea, foi arrastado e ainda acertou um poste. Os feridos foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros.

- Leia na Gazeta - Vento arranca cobertura de estacionamento em Curitiba

Foram deslocadas para a ocorrência 12 ambulâncias do Siate e Samu. Cerca de 40 socorristas prestaram atendimento às vítimas, que foram encaminhadas aos hospitais Cajuru, Evangélico e São José.

O choque causou transtorno no trânsito, um dos principais caminhos para Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Agentes da Superintendência de Trânsito (Setran) e do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) seguiam orientando o trânsito às 8h. O trem foi retirado por volta de 7h30.

Quem precisa trafegar pela região deve ficar atento. Mesmo com a liberação do trem, o fluxo segue intenso no loca. De acordo com a Setran, o desvio é feito pela Rua Amador Bueno.

Por causa do acidente, as linhas de ônibus Acrópole, Angélica e também o Vila Reno estão desviando pela Rua Amador Bueno, mas não perdem pontos de parada.

Nem tão surpresa

Embora o barulho do acidente tenha surpreendido muitos moradores vizinhos ao cruzamento, eles dizem já terem se acostumado com acidentes envolvendo trem no local. O eletricista Lauro Loreny, 51 anos, conta que essa é a terceira vez em dois anos que um ônibus da linha Reno é atingida por uma locomotiva ao cruzar a linha férrea entre as ruas Reinaldo Rodrigues Lima com a Rutildo Pulido.

“Já virou até piadinha aqui no bairro. Quando a gente fica sabendo de acidente com trem já fala ‘É o Reno de Novo?’ Porque é sempre ele. E, na verdade, poderiam ser quatro acidentes em dois anos, mas houve um outro em que o motorista conseguiu evitar a batida”, relembra o eletricista, acostumado a usar a linha em momentos de menos pico.

A pesar das colisões frequentes, o acidente desta terça-feira foi o que deixou o maior número de feridos até agora. E, de acordo com os moradores, o perigo não está na falta de sinalização - que é um problema, mas não o principal. “Não tem como não ver um trem se aproximando ali. O que acontece é que as pessoas realmente não querem esperar porque mais à frente há um cruzamento em que a composição tem que esperar, então às vezes ela para uns cinco minutos. Como o caminho alternativo é muito longo, os motoristas preferem cruzar a linha”, explica o eletricista.

No último mês de outubro, vereadores de Curitiba aprovaram um projeto de lei apresentado pela gestão de Rafael Greca (PMN) desobrigando a prefeitura de implantar sinalização de trânsito em passagens de nível. O texto revoga legislação anterior que estabelecia que o custo para a instalação dos dispositivos deveria ser contemplado pelo orçamento municipal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]