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Curitiba adota sistema de bandeiras para definir funcionamento de comércio e serviços
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O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), e a secretária de Saúde, Márcia Huçulak, anunciaram nesta terça-feira (09) a criação do “Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba”. O protocolo estabelecerá bandeiras cujas cores indicarão a situação da pandemia de coronavírus na cidade em relação à curva de contágio e à capacidade da rede hospitalar. Conforme a cor da bandeira, que será atualizada semanalmente, estabelecimentos da cidade serão fechados ou terão autorização para abrir.

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A cidade começa com bandeira amarela, que indica estado de atenção e que permite o funcionamento de todos os estabelecimentos, desde que respeitadas as regras de higiene, de limitação de pessoas e de distanciamento. Se os números do coronavírus continuarem crescendo na cidade, a bandeira poderá passar para a cor laranja, que é considerada “médio risco”, em que serão fechados igrejas e templos religiosos, shoppings, academias e praças e parques públicos. Além disso será recomendada a suspensão do atendimento em salões de beleza, pet shops, feiras de artesanato e serviços de ambulantes de alimentação. Na bandeira vermelha (alto risco) todos estes estabelecimentos, assim como o comércio em geral, escritórios e, até as recentes atividades drive-in serão fechadas.

A cada semana, no boletim detalhado das sextas-feiras, a Secretaria Municipal de Saúde indicará a situação da pandemia no estado e qual será a cor da semana seguinte. Segundo a secretária de Saúde, nove indicadores serão analisados para determinar a bandeira de momento da cidade, entre eles o número de novos casos de Covid-19, óbitos, ocupação de leitos de UTI e casos de síndrome respiratória na cidade. “Medidas de controle serão tomadas de acordo com cada um dos três níveis. Muda a bandeira, mudam as ações, com medidas mais restritivas ou menos”, explicou a secretária. “É o que vínhamos fazendo, mas dessa forma acreditamos que fica mais fácil para todos entenderem melhor”, disse, deixando claro que “as regras valem para todos os espaços de uso de uso coletivo, e todo cidadão e empresário tem o seu papel no cumprimento dessas medidas”.

“Haverá um sistema de média ponderada entre a disponibilidade dos leitos e os índices de infectologia da população. É uma espécie de semáforo de para onde a população curitibana vai. Mas sem sinal verde, porque o sinal verde é só quando houver vacina ou quando houver medicação efetiva para esse vírus mortal”, explicou o prefeito. “Meu coração se aperta com a possibilidade de fechar Curitiba, de decretar lockdown. Mas episódios recentes de licenciosidade com o vírus, de gente que facilitou promovendo aglomerações, podem nos levar, por decreto a cassar todos os alvarás. Eu não quero fazer isso, mas depende de vocês. Todos devem ajudar”, declarou o prefeito, que voltou a criticar a concentração de pessoas em eventos do último final de semana. “Pensem no próximo e, se forem desprovidos de compaixão, pensem no seu próprio instinto de sobrevivência”.

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