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Estar eletrônico está em vigor desde março de 2020.
Estar eletrônico está em vigor desde março de 2020.| Foto: Hully Paiva/SMCS

Em vigor há um ano em Curitiba, o modelo eletrônico de cobrança do estacionamento regulamentado, o EstaR, continua causando discussões. Nesta semana, a Câmara de Vereadores aprovou o envio de uma sugestão para que a Prefeitura de Curitiba volte a utilizar os talões em papel, em complemento ao sistema eletrônico vigente na cidade desde março de 2020.

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De autoria do vereador Salles do Fazendinha (DC), a sugestão para que seja adotado o "sistema misto" de cobrança do EstaR garantiria maior liberdade ao consumidor, que poderia decidir como prefere pagar pelo serviço. A medida foi apoiada, durante a sessão da última terça-feira (8), por outros parlamentares que apontaram a dificuldade de parte da população com o sistema. A sugestão, no entanto, não obriga o poder público a realizar quaisquer mudanças.

Entre as queixas elencadas pelos vereadores está o fato de alguns usuários não saberem lidar com a tecnologia, não possuírem smartphones ou, ainda, estarem sem bateria no celular para realizar a compra dos créditos no momento do estacionamento.

A possibilidade da volta do cartão de papel, no entanto, não deve sair do plano das sugestões. Segundo o o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, a medida poderia acarretar em aumento da tarifa de estacionamento.

“O modelo híbrido seria um retrocesso, os sistemas físico e eletrônico não se comunicam. Qualquer mudança no modelo atual, que é licitado, teria que vir acompanhada de um estudo do impacto financeiro, a tarifa poderia passar de três para cinco reais”, afirma.

Segundo a Urbs, a taxa de respeito ao estacionamento regulamentado é de 98,5%, com mais de 1,1 milhão de ativações por mês, o que demonstraria o “sucesso" do modelo atual.

“Os dados mostram que 98% das pessoas que estacionam no centro de Curitiba estão com aplicativos baixados em seus celulares. Para quem não quer ou não consegue usar a tecnologia é possível adquirir os créditos no comércio”, afirma Maia Neto.

Totens não saíram do papel

Atualmente, segundo a Urbs, há 399 pontos de venda de créditos espalhados pelo comércio das regiões onde há a exigência do EstaR. No entanto, a instalação de totens nas ruas para a compra dos créditos de estacionamento, que estava prevista no projeto original da modernização do EstaR, ficou no papel.

Segundo a Urbs, até agora não houve a necessidade de instalar os equipamentos - o que seria responsabilidade das empresas que fazem o intermédio da venda dos créditos - uma vez que a demanda por compras fora dos smartphones estaria sendo suprida pelos pontos de venda no comércio.

Atualmente, Curitiba conta com 12.500 vagas de estacionamento regulamentado. A previsão é de que 3 mil novas vagas sejam criadas no segundo semestre de 2021.

Cidadão pode escolher entre aplicativos

Nove empresas diferentes disponibilizam a venda de créditos do EstaR em Curitiba. De acordo com a Urbs, desde que respeitem o limite da tarifa, de R$ 3 por hora, as empresas são livres para conceder descontos, cashbacks e promoções, bem como exigir a compra de uma quantidade mínima de créditos.

"Há aplicativos que exigem um depósito mínimo, há outros que não. Alguns oferecem promoções em lojas e shoppings. A orientação é que, ao pesquisar pelos aplicativos, o cidadão leia os comentários dos demais usuários e escolha o que for melhor para seu perfil", diz o Maia Neto.

A lista dos aplicativos autorizados, bem como dos pontos físicos de venda de créditos no estacionamento, pode ser consultada nesta página.

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