• Carregando...
Viatura da PM ao lado da agência assaltada
PM supõe que quadrilha que assaltou banco tinha de seis a oito pessoas| Foto: Gerson Klaina/ Gazeta do Povo

Sem nenhum suspeito a mais localizado, o cerco na região de mata para onde os assaltantes de uma agência da Caixa Econômica do bairro Tatuquara, em Curitiba, fugiram após o crime foi dado como finalizado pelas polícias Militar e Civil no fim da tarde desta segunda-feira (30). Assim, o saldo das buscas ostensivas, que duraram cerca de cinco horas, terminou com um criminoso morto e pelo menos cinco foragidos.

Mas apesar do fim das buscas na área, a PM não descarta que parte da quadrilha — formada por entre seis e oito homens — ainda esteja na região do assalto. "Podem até estar em alguma casa com refém e que isso não tenha chegado para a gente ainda", observou o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira, do 1º Comando Regional da PM (1º CRPM).

Durante a ação desta manhã, além de tiros disparados dentro da agência, o bando fez cordão humano com clientes e entrou em confronto após a fuga. Até o fim da tarde desta segunda, ainda não havia informações do quanto de dinheiro os criminosos conseguiram levar no assalto, que teve o modus operandi muito parecido a demais roubos a bancos que desafiam a polícia em todo o país.

Mesmo com o fim das buscas ostensivas, a PM afirma ter mantido efetivo para reforçar o policiamento no bairro. Equipes da Polícia Civil também permaneceram para dar continuidade às investigações, que agora têm como prioridade a identificação do suspeito morto durante confronto com a PM.

De acordo com o delegado Rodrigo Brown, responsável pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil, o ladrão morto foi encontrado com uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Santa Catarina. Contudo, já se sabe que o documento é falso. Agora, a especializada segue em trabalho paralelo com a Polícia Federal, que assume parte das investigações já que a Caixa Econômica é uma instituição da União.

"A prioridade é descobrir quem é o morto. Através dali, a gente já consegue traçar uma linha de ação, os relacionamentos, as amizades, quem teve qualquer tipo de ligação com essa pessoa, para conseguir começar a montar o quebra-cabeça", declarou o delegado.

Pânico

O assalto na agência, na Rua Odir Gomes da Rocha, ponto comercial bastante movimentado do Tatuquara, foi por volta das 10h30 desta segunda. Clientes que estavam na unidade foram feitos de cordão humano no momento em que os ladrões deixaram o local — já disparando tiros para evitar a proximidade da polícia.

A funcionária de um comércio local que preferiu não se identificar, de 21 anos, estava dentro da agência quando o bando entrou. "Eu vi que todo mundo começou a subir correndo pelas escadas. Então, a gente entrou numa salinha fechada, dentro de uma cozinha, em oito pessoas", contou a vítima. Segundo ela, a ação dos bandidos durou aproximadamente dez minutos.

O assalto também assustou professores de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) a 450 metros de agência. Segundo o apurado pela reportagem, ao perceberem o tiroteio, os docentes acionaram o alarme e recolheram as crianças que estavam na área de fora do imóvel. Todos ficaram deitados no chão até que, cerca de 15, minutos depois, a Guarda Municipal liberou alunos e funcionários para retornarem às atividades normais. O procedimento segue regras de um treinamento para invasões recomendado pela Defesa Civil.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]