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Aurora com os pais e os policiais que a salvaram: à esquerda Wesley Alves Soares, que ajudou no parto,  e à direita Walter Dudek Filho, que a salvou de engasgamento. | Soldado Adilson Voinaski Afonso/Polícia Militar
Aurora com os pais e os policiais que a salvaram: à esquerda Wesley Alves Soares, que ajudou no parto, e à direita Walter Dudek Filho, que a salvou de engasgamento.| Foto: Soldado Adilson Voinaski Afonso/Polícia Militar

Quando o plantão do soldado da Polícia Militar (PM) Walter Dudek Filho começou na noite da segunda-feira (4), não imaginava que salvaria a vida de um bebê de apenas dois meses de vida. Era madrugada, perto das 3h30, quando Dudek ouviu gritos de socorro em frente à 1ª Cia. do 13º Batalhão da PM, que fica na Vila Guaíra, em Curitiba. O soldado foi verificar o motivo dos gritos e se deparou com o desespero de Tatiane Amora, 31 anos, que corria com a filha Aurora Bonfante da Rocha no colo. A criança estava engasgada com leite e quase não respirava. E essa não era a primeira vez que PMs socorriam a criança: no nascimento, viaturas da mesma companhia escoltaram a mãe até o hospital.

Na ocorrência de segunda-feira, Dudek realizou os primeiros socorros e conseguiu salvar a criança. “A decisão foi tomada rapidamente. A menina já estava com o corpo amolecido, com a boca roxa, e graças a Deus ela tossiu quando fiz o procedimento. Confesso que cheguei a pensar no pior”, conta o soldado. “A mãe contou que deu de mamar para a criança e a colocou para dormir por volta das 23h. Na madrugada, ela ouviu um gemido diferente foi ver o que era. Foi quando percebeu o engasgo”, explica o PM.

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Após o susto, a criança foi levada até uma ambulância que estava de plantão em um evento que acontecia ali perto. Quando a mãe retornou para agradecer o policial, revelou que essa tinha sido a segunda vez que policiais da 1ª Cia. do 13º Batalhão ajudavam a família. A primeira foi 45 dias antes do engasgo, no dia 18 de janeiro, data de nascimento de Aurora.

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“Minha gravidez foi de risco e a bolsa estourou quando a Aurora estava com oito meses. Os médicos haviam dito que se isso acontecesse eu deveria chegar no hospital em até 30 minutos, porque minha filha estava virada”, explica Tatiane. “Naquele dia, eu e meu marido saímos correndo de casa perto das 17h. O trânsito estava complicado e, no meio do caminho, resolvemos que pedir ajuda para uma viatura da PM. Só assim conseguimos chegar a tempo no hospital”, conta a mãe, que mora na Vila Guaíra e foi de carro até o Hospital Evangélico para fazer o parto.

Na viatura no dia do parto estavam os soldados Wesley Alves Soares e Diego Henrique de Almeida. Eles cruzaram com o carro da família nas proximidades da Rua Bento Viana, no Água Verde. “Voltávamos de uma diligência e avistamos o carro da família fazendo algumas manobras insistentes para desviar o trânsito. Quando eles nos viram, nos acenaram e nós fomos ver o que era”, relata Wesley. O pai da criança, Edson Luiz da Rocha, 37 anos, foi quem chamou a PM. “Ele estava dirigindo e disse que se não chegasse logo no hospital o pior poderia acontecer. Nesse momento, nós decidimos escoltar o veículo. Fomos abrindo caminho bloqueando sinais, passando pela calçada e quando chegamos no Evangélico já tinha uma maca esperando. A mãe seguiu direto para a sala de parto e deu tudo certo”, conta o soldado.

Tatiane e o marido quase não têm palavras para agradecer os policiais. “Se não fosse por eles, não sei o que teria acontecido com a minha filha. Por duas vezes Deus colocou anjos em nossas vidas. Só tenho a agradecer pelo que eles fizeram por nós”.

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