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Foi depois de um longo dia de trabalho na lama de rejeitos de Brumadinho que o tenente Luiz Henrique Vojciechovski e sua equipe encontraram um bilhete no para-brisa da viatura que utilizavam. Ele dizia: “Obrigada pela coragem e bravura! Nosso coração está com os bombeiros!”

Uma mensagem curta, mas suficiente para ser lembrada pelo tenente com carinho. Para ele, foi uma forma de constatar a importância do trabalho que estava sendo realizado. “É muito bacana poder trazer alguma forma de conforto à comunidade, principalmente numa situação tão trágica e triste como essa. Nos motiva e incentiva a continuar a nos especializar e preparar para continuar servindo a nossa comunidade”, disse o tenente à reportagem da Gazeta do Povo.

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Vojciechovski integrou a primeira equipe paranaense que foi a Minas Gerais para auxiliar as forças de segurança locais no resgate às vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão. Ela era composta por sete pessoas - três bombeiros, uma perita criminal, dois agentes da Defesa Civil e uma geóloga -, e tinha como missão localizar e alçar corpos aos helicópteros de resgate. Além desta equipe, o estado enviou um total de 20 bombeiros, a cadela de resgate Brida e um helicóptero a Minas Gerais.

Riscos

Além de enfrentarem um trabalho árduo, as equipes que participam das ações em Brumadinho enfrentaram vários riscos. Em uma entrevista à Agência de Notícias, o tenente Vojciechovski comentou sobre eles: “Existia possibilidade de contaminação por hepatite, leptospirose, HIV. Além disso as águas estavam contaminadas com os metais pesados do rejeito de mineração, ou seja, havia o risco de ingestão”.

Esses ainda eram somados aos riscos de trabalhar estruturas colapsadas e veículos retorcidos, de desidratação e de estar sujeito a mudanças rápidas no tempo. “Uma equipe de São Paulo chegou a ser atingida por um raio. Sentiram os efeitos, mas não se machucaram”, relatou Vojciechovski.

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