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Buraco de rua mais famoso e resistente de Curitiba é alvo de licitação especial
| Foto: Arquivo / Tribuna do Paraná

A prefeitura de Curitiba lançou um edital (07/02) para contratação de empresa para elaboração de projetos de engenharia, visando a melhoria do sistema de drenagem da rua Desembargador Westphalen e do entorno. A obra necessária é complexa e envolve uma série de intervenções que vão afetar a mobilidade, comércio e residências da região. O projeto que está sendo licitado, no valor global de R$ 300 mil, é que vai mostrar qual será o impacto social e o custo da obra em si.

O “buraco da Westphalen” se tornou um problema recorrente em situações de forte chuva. Em março do ano passado, quando a cratera novamente se abriu, o prefeito Rafael Greca prometeu nas redes sociais “uma intervenção dramática” para tentar resolver de vez a questão. “O famoso buracão da rua Westphalen com Visconde de Guarapuava merece mais do que solução paliativa”, justificou o prefeito na postagem, referindo-se aos dutos de dimensões defasadas, da década de 1940.

A proposta é melhorar a drenagem no trecho entre as ruas Visconde de Guarapuava e o rio Água Verde (entre a rua Brasílio Itiberê e rua Almirante Gonçalves), para evitar inundações. Segundo a prefeitura, o local sofre com deterioração do pavimento e alagamentos em função da baixa capacidade de vazão decorrente de problemas hidráulicos na esquina das duas ruas e também no escoamento pela rua Desembargador Westphalen. Hoje, as águas pluviais que descem pela Visconde seguem pela Westphalen em uma tubulação de médio porte e baixa declividade. O projeto de engenharia deve ficar pronto seis meses após assinatura do contrato.

Tampa furada

Segundo o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, é sabido que o projeto da solução técnica vai envolver a troca de galerias de maior porte até o rio, o que vai impactar muito nas vias e comércio. “Enquanto isso, temos optado por uma solução de engenharia de baixo custo. Deixamos ali a tampa de concreto furada como válvula de escape, para minimizar a pressão nas galerias, porque se continuasse estouraria a tubulação e isso sim criaria um grande transtorno dali em diante”, explica. Essa tampa deixa a água vazar, causando alagamentos no ponto. Segundo o secretário, a obra definitiva é muito complexa, e por isso precisou ser planejada com calma. “Não há como escavar todo o centro e trocar todas as galerias. Há prédios, ruas, calçadas. A cidade não pode parar enquanto as galerias passam por intervenção”, pondera Rodrigues.

Por outro lado, a região central da cidade está passando por várias obras mais pontuais, realizadas pela Sanepar para cumprir as metas do contrato de programa assinado com a prefeitura de Curitiba em abril de 2018. Segundo a diretora de Recursos Hídricos da SMMA, Ana Carolina Schmidlin, a Sanepar está atuando para corrigir lançamentos irregulares de esgoto. Essas obras vão contribuir com todo o sistema hídrico da cidade, diz ela.

Conteúdo editado por:Marcos Tosi
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