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Além de decidir pelo júri popular, Justiça também manteve a prisão preventiva do médico Raphael Suss Marques.
Além de decidir pelo júri popular, Justiça também manteve a prisão preventiva do médico Raphael Suss Marques.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A juíza Taís de Paula Schier, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba, determinou nesta quarta-feira (9) que o médico Raphael Suss Marques, acusado de matar a fisioculturista Renata Muggiati em 2015, vá a júri popular. Na decisão, a juíza também mantém a prisão preventiva de Suss, acusado de feminicídio por motivo torpe, lesão corporal e fraude processual.

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A juíza ressaltou no processo que a prova testemunhal e a perícia em equipamentos eletrônicos “fornecem sinais de que a relação entre o casal estava conflituosa, o que torna plausível a tese de que a motivação do acusado teria sido a de pôr fim ao relacionamento entre o casal”. No despacho, a juíza citou ainda que o conjunto de provas indica a existência de “sinais compatíveis com morte decorrente de asfixia por compressão externa no pescoço”.

Fisiculturista Renata Muggiati, morta em 2015.
Fisiculturista Renata Muggiati, morta em 2015.| Reprodução Facebook

Devido à complexidade do caso, o acusado deve continuar preso preventivamente – pois já teria descumprido medidas anteriores. Em fevereiro, o médico faltou a uma audiência na Justiça e descumpriu ordem de recolhimento – pois estava ausente de casa depois das 22 horas. No mesmo diz, Suss foi flagrado em uma disputa de pôquer, o que acabou se tornando um agravante do caso. Para a juíza, a frequência em lugares não autorizados como bares e casas de jogos justificaram a revogação da liberdade provisória e a prisão preventiva de Raphael Suss.

O advogado do acusado, ao ser procurado pela reportagem do jornal Meio-dia Paraná, disse que não foi notificado formalmente e que não vai se pronunciar sobre a decisão da juíza.

Relembre o caso

A fisioculturista Renata Muggiati morreu no dia 12 de setembro de 2015. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) defende a tese de que ela teria sido jogada do 31.° andar de um prédio no Centro de Curitiba por Raphael Suss Marques. De acordo com testemunhas, o casal tinha um relacionamento conturbado.

No dia da morte, Raphael Suss teria dito a polícia que a jovem teria se suicidado. O primeiro exame do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a fisioculturista teria sido asfixiada antes da queda e Marques chegou a ser preso. Porém, um segundo laudo mostrou que não havia asfixia, e o acusado chegou a ser solto pela justiça.

O MP-PR então questionou os exames e uma exumação do corpo foi feita, confirmando que Renata Muggiati já estava morta ao cair do prédio.

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