Catedral de Curitiba instala grades para receber imagem da padroeira

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A implantação de grades na lateral da Catedral de Curitiba, paralela à Rua Barão do Serro Azul, no Centro, criou uma nova área de isolamento no entorno da igreja. As cercas começaram a ser instaladas quarta-feira (11) e, segundo a administração Catedral, servirão para proteger o espaço que vai receber uma nova imagem da Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, a padroeira da capital. Nas redes sociais, entretanto, a obra enveredou para polêmica: muitos internautas associaram o novo gradil como uma medida para afastar moradores de rua – o que foi rechaçado pela Basílica.

De acordo com Cleide Aparecida Seler, coordenadora do setor administrativo da Catedral, as novas grades demarcam o espaço que vai ser revitalizado para o jubileu de 350 anos da Paróquia Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. O local vai virar uma área de homenagem e, para isso, terá um novo jardim e uma nova réplica da padroeira. A imagem terá aproximadamente 1,60 m – assim como a mantida no interior da igreja – e será feita de cimento. A utilização de bronze no monumento foi descartada, já que material é alvo constante de ladrões.

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“Não vou dizer que a urina dos mendigos não depreda. A urina é um problema. Mas não é esse o motivo de estarmos colocando as grades. Isso é picuinha e, inclusive, a população de rua ao redor diminuiu bastante com os novos trabalhos da prefeitura”, defende a coordenadora administrativa da Catedral. “A ideia de criar esse espaço é para propagar a devoção à Nossa Senhora da Luz. Aqui, infelizmente, as pessoas não têm muita devoção à padroeira e queremos fazer com que as pessoas mudem isso”, completa Cleide.

O projeto ainda está em fase de finalização, mas a expectativa é de que a primeira parte do monumento seja inaugurada em dezembro.

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Painel

Numa segunda etapa da homenagem – que deve terminar até setembro de 2019 – será confeccionado um grande painel de azulejo atrás da imagem. Para isso, a Catedral está organizando doações: cada azulejo que será instalado poderá ser “comprado” e cedido à igreja. O valor ainda não está definido, mas dever se aproximadamente R$ 200. Em troca, quem bancar o azulejo terá seu nome e o da família inscrito na peça instalada no painel. “O dinheiro é necessário para as obras, mas a proposta mesmo que é esses azulejos identifiquem quem ajudar e que seja, por exemplo, sempre celebrado um terço ou feita uma oração na intenção das pessoas que ajudarem”, acrescenta Cleide.

O recuo para criar a nova área de isolamento foi de aproximadamente 3 metros. De acordo com a prefeitura, embora a área seja da Catedral, a obra teve de ser autorizada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), já que a Catedral está incluída como imóvel de patrimônio histórico da cidade.