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Bitcoin| Foto: Bigstock

O Grupo Bitcoin Banco (GBB), corretora de criptomoedas com sede em Curitiba envolvida em um suposto caso de fraude investigado em pelo menos 100 processos distintos, se tornou alvo de uma ação de falência judicial nesta segunda-feira (28). Movido por duas clientes que alegam perda de cerca de R$ 1,4 milhão, o processo cita o descumprimento de um acordo fechado em agosto, quando foram cumpridos de mandados de busca e apreensão contra a empresa autorizados pela Justiça.

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Os autos foram distribuídos à 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba e sustentam que os responsáveis pelo GBB – o qual mantém sob seu guarda-chuva as empresas Negocie Coins e TemBTC, que foram buscadas para as aplicações – não apenas ainda mantém retido o valor aplicado pelas clientes, como não teria cumprido o pagamento de aproximadamente R$ 1,1 milhão definido no acordo.

Procurada, o GBB afirmou, por nota, que ainda não foi notificado sobre o processo "e, quando for, se manifestará em juízo".

De acordo Daniel Borghetti Furlan, advogado das supostas vítimas, pesa ainda o fato de o principal responsável pela empresa ter tentado compensar a dívida com o depósito de um cheque sem fundo e que, posteriormente, foi sustado por justificativa de roubo. "Em relação a isso nós notificamos o responsável por crime de estelionato. Ainda não fizemos a notícia-crime, mas em breve isso vai ser tratado na esfera penal", afirmou.

A ação pede ainda pelo indeferimento de um possível pedido de recuperação judicial que possa ser formulado pelo GBB sob a justificativa de que a medida postergaria soluções para os processos em investigação.

Processos

O Grupo Bitcoin Banco foi alvo de mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça em 20 de agosto. A companhia é a mesma que em maio alegou ter sido alvo de um golpe com prejuízo de mais de R$ 50 milhões.

As buscas feitas à época foram autorizadas pela 17ª Vara Cível com base em acusações feitas pelas mesmas clientes – que têm juntas investimentos na ordem de R$ 1,4 milhão e alegam que desde maio, quando a companhia anunciou ter sido vítima de um golpe investigado pela Polícia Civil, o valor permanece retido.

A companhia tem sede em Curitiba e é composta por dez empresas. Uma delas é a NegocieCoins, considerada, em abril, a segunda maior do mundo em criptomoedas.

No cenário de valorização dos negócios operados por plataformas de negociação de criptomoedas, o número de denúncias feitas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem crescido. Até o fim de agosto deste ano, conforme mostra reportagem do portal Valor Investe, a CVM havia aberto oito processos administrativos para investigar denúncias contra operadoras de criptomoedas, incluindo o GBB.

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