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Fila para abastecer em posto de gasolina no Cabral. | Felipe Rosa/ 
Tribuna do Paraná
Fila para abastecer em posto de gasolina no Cabral.| Foto: Felipe Rosa/  Tribuna do Paraná

Os primeiros caminhões-tanque cheios de combustível começaram a deixar o centro de distribuição da Petrobras na tarde de segunda (28), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba — uma semana após o início da greve dos caminhoneiros que paralisou o abastecimento em todo o país. Assim, alguns postos de Curitiba já começam a receber álcool, gasolina e diesel, mas a expectativa é que a situação demore de uma a duas semanas para se normalizar completamente

Isso não impediu que motoristas permanecessem formando filas na frente dos postos, embora a recomendação do Sindicombustíveis-PR tenha sido que a procura para encher o tanque dos veículos seja feita aos poucos, tentando se evitar tumultos. Assim, caso seu tanque não esteja na reserva, o ideal é aguardar que mais postos voltem a comercializar combustíveis antes de enfrentar as filas. 

A tendência é que cada vez mais postos voltem a operar normalmente. O governo do Paraná anunciou também na segunda um acordo com representantes dos caminhoneiros para que combustíveis produzidos pela Petrobras tivessem o trânsito liberado nas estradas do estado. Assim, não só a comercialização de álcool, gasolina e diesel deve começar a recuperar os níveis de normalidade, como também o gás de cozinha e o GLP. 

Transporte público 

Albari Rosa/  Gazeta do Povo

No transporte público, a prefeitura de Curitiba garantiu ônibus abastecidos pelo menos até quinta-feira (31) graças às escoltas policiais no transporte de combustível. A frota, inclusive, continua reforçada para atender quem não pode usar veículo próprio e precisa usar ônibus. 

Protestos 

Átila Alberti/  Tribuna

Uma situação imprevisível, entretanto, que pode dificultar a mobilidade são protestos que têm sido realizados ao longo do dia. Na segunda, um deles fechou a Rodovia do Xisto, em Araucária; outra manifestação deixou o tráfego em pista única na Rodovia João Leopoldo Jacomel, de Curitiba a Pinhais; e um terceiro protesto bloqueou totalmente a BR-277 no limite entre Curitiba e São José dos Pinhais. Outros podem voltar a acontecer na terça. 

Alimentos 

No Paraná, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda contabiliza 84 pontos de interdição em rodovias federais no estado. Isso deve continuar limitando a oferta de alimentos nesta terça. Enquanto alguns supermercados de Curitiba já estão com gôndolas vazias desde domingo (27), representantes dos caminhoneiros avisaram que não liberariam mercadorias de supermercados e hortifrútis. Com isso, a prefeitura de Curitiba reduziu para quatro o número dos Sacolões da Família que estarão abertos na terça (Paranaense, Carmo, Boqueirão e Pinheirinho). A Nossa Feira do São Braz e do Centenário não funcionarão. Já as feiras gastronômicas noturnas, sim, porém com falta de vários produtos nas barracas. 

Além disso, quem for ao supermercado pode já ir se preparando para pagar mais caro por vários produtos. De acordo com o Disque Economia da prefeitura, algumas frutas e verduras praticamente dobraram de preço em relação ao início da greve.

Segundo a PRF, os caminhoneiros manifestantes não estavam mais barrando nenhum tipo de transporte de cargas perecíveis, embora o movimento de caminhões carregando esse tipo de carga ainda esteja bem abaixo do normal. 

Educação e saúde 

Praticamente todas as instituições de ensino superior, públicas e privadas, suspenderam as aulas durante a semana, retomando as atividades na próxima segunda (4). A UFPR suspendeu as aulas em todos seus campi do estado, devido a problemas de abastecimento dos restaurantes universitários e de combustível da frota dos InterCampi e InterPraias. Na rede pública, as aulas nas escolas municipais não foram suspensas, ao contrário de outros 99 municípios no estado. Das 167 escolas estaduais de Curitiba, somente 5 suspenderam as aulas. 

Já o Hospital de Clínicas da UFPR decidiu cancelar as cirurgias eletivas que estavam marcadas a partir de terça (29). Foram suspensos os procedimentos agendados de grande porte, que exigem internamento. As cirurgias ambulatoriais continuam sendo realizadas. O atendimento a casos de emergência não foi interrompido.

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