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 | Fabiano Belisario Diniz/Divulgação
| Foto: Fabiano Belisario Diniz/Divulgação

O ano de 2018 vai ser ótimo para quem gosta de observar as estrelas. Diversos eventos astronômicos estão previstos para os céus de Curitiba e demais regiões do Paraná ao longo do ano que vem — e muitos deles poderão ser vistos a olho nu, sem a necessidade de grandes equipamentos para isso. Superluas, chuvas de meteoros e alinhamentos de planetas são apenas alguns dos fenômenos que astrônomos e entusiastas devem anotar em suas agendas a partir do próximo mês de janeiro.

Com auxílio do diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz, a Gazeta do Povo selecionou as principais efemérides astronômicas que vão iluminar os céus em 2018.

Janeiro

O ano já começa com alguns fenômenos bastante curiosos. Já no primeiro dia de 2018, Mercúrio alcançará o maior afastamento angular do Sol, podendo ser visto a olho nu pouco antes do nascer do Sol. Quem estender as festividades de Revéillon, por exemplo, poderá ver o planeta por volta das 6h. No dia seguinte, 2 de janeiro, ele volta a aparecer com seu brilho máximo.

Janeiro também deve ter uma superlua cheia, quando o satélite fica mais próximo da Terra. A previsão é que, durante a madrugada do dia 2, o astro fique a apenas 356 mil quilômetros do nosso planeta, dando a impressão de que a Lua está maior nos céus.

No dia 11, haverá um alinhamento de astros que também poderá ser observado com facilidade. Marte, Júpiter e a Lua vão ficar muito próximos no céu, dando a impressão de que estão alinhados.

Fevereiro

Entre os dias 7 e 11 de fevereiro, será possível observar mais alguns alinhamentos. O primeiro deles será entre a Lua e Júpiter. No dia 9, é a vez do satélite natural e Marte ficarem lado a lado e, no dia 11, a Lua e Saturno entram nessa fase de conjunção. Todos esses fenômenos vão estar mais visíveis nas primeiras horas da madrugada.

Março

Embora não seja tão incomum, uma nuvem estelar vai poder ser vista nos céus no dia 2 de março. Trata-se de um aglomerado de estrelas que dá a sensação de que elas estão todas juntas e que o firmamente está muito mais estrelado. Esse evento estará visível na constelação de Carina durante toda a noite. Apesar de ser visível a olho nu, quem utilizar um binóculo ou algum outro tipo de equipamento vai poder visualizar o fenômeno com mais detalhes.

Além disso, março vai contar ainda com a chamada Lua Azul. Isso significa que o mês contará com duas luas cheias em um período de 30 dias.

Abril

No dia 11 de abril acontece o pico da chuva de meteoros Virgenídeas — nome dado quando esses objetos celestes aparentam vir da constelação de Virgem. De acordo com Lasievicz, o melhor horário para observar os meteoros será próximo à meia-noite.

Já no dia 27, outra chuva semelhante poderá ser vista nos céus paranaenses. Desta vez, ela vem da direção da constelação de Escorpião, mais especificamente da vizinhança da estrela vermelha Antares.

Maio

O planeta Júpiter vai alcançar sua menor distância em relação à Terra no dia 8. Isso significa que seu brilho será maior e será mais fácil visualizá-lo nos céus. Embora seja possível vê-lo sem equipamentos, quem usar um binóculo ou lentes um pouco mais potentes poderá ver alguns detalhes a mais. No caso de um pequeno telescópio, por exemplo, será possível observar até mesmo as suas luas.

Já no dia 12, teremos um novo pico da chuva de meteoros vinda da direção de Antares, da constelação de Escorpião.

Junho

O dia 9 de junho será o pico da chuva de meteoros Ophicudeas, quando os objetos vêm da constelação de Ofiúco. A maior incidência de meteoros será próximo à meia-noite. Esse mesmo fenômeno se repete no dia 19.

Mais para o fim do mês, no dia 27, é a vez de Saturno se aproximar da Terra. De acordo com o diretor do Parque da Ciência, essa é a melhor posição para quem quer observar o planeta e seus anéis. Com um pequeno telescópio, será possível observar as estruturas e algumas de suas luas.

Julho

Julho será o mês com a maior incidência de meteoros. No dia 7, eles vêm da constelação de Capricórnio, de Aquário no dia 28 e de Peixes Austral no dia 30. E a boa notícia é que o inverno costuma ser a época do ano com tempo mais estável na região Sul, o que aumenta as chances de visualizar estrelas cadentes.

Além disso, no dia 27, acontece um eclipse lunar total. Isso fará com a que a Lua ganhe um tom avermelhado por alguns instantes. A previsão é que isso aconteça por volta das 18h, o que pode atrapalhar a observação.

Além disso, no mesmo dia, Marte entre em estado de oposição e seu brilho fica mais intenso em nosso céu, facilitando sua visualização.

Agosto

No dia 17 de agosto, o planeta Vênus poderá ser visto a olho nu entre as 18h e 21h, já que ele estará em sua elongação máxima — ou seja, com sua separação angular total em relação ao Sol. Além disso, no mesmo dia, será possível ver a Lua e Júpiter lado a lado no céu.

Setembro

Duas chuvas de meteoros vindas da constelação de Peixes estão previstas para acontecer em setembro. A primeira delas acontece no dia 8 de setembro e a segunda no dia 20. Ambas poderão ser vistas mais perto da meia-noite.

No dia 25, Vênus aparece novamente no firmamento. Seu maior brilho vai acontecer do anoitecer às 21h no canto Oeste do céu.

Outubro

O mês de outubro será um pouco menos agitado em termos astronômicos. No máximo, será possível ver um alinhamento entre a Lua e Júpiter no dia 11 e entre a Lua e Saturno no dia 14. Já no dia 18, é a vez do nosso satélite natural se aproximar de Marte.

Novembro

Um novo aglomerado estelar vai ser registrado, desta vez no dia 17. A nuvem de estrelas poderá ser vista na região da constelação de Touro entre as 21h e 05h a olho nu. Mais uma vez, quem tiver algum tipo de equipamento vai conseguir observar mais detalhes.

Dezembro

O último mês do ano terá uma chuva de meteoros vindo da constelação de Gêmeos no dia 14. No dia 17, é a vez do planeta Mercúrio alcançar seu brilho mais intenso nas primeiras horas do dia.

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