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 | Gerson Klaina/Tribuna do Paraná
| Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Usar as redes sociais para avisar os amigos sobre uma blitz pode parecer um ato inofensivo, mas pode ter consequências ainda mais sérias para a segurança pública. Isso porque esse tipo de divulgação pode também ser usado por criminosos para escapar da polícia, como alerta o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) . E, nesse sentido, Facebook, WhatsApp e aplicativo Waze despontam como os principais inimigos da polícia.

A tenente Etiene Camila Gonçalves do Carmo, oficial de comunicação social do BPTran, explica que quando a Polícia Militar (PM) está atuando nas ruas, o objetivo não é somente pegar infratores de trânsito. As operações policiais também têm por finalidade prender criminosos com veículos roubados, com mandados de prisão abertos ou que estejam transportando drogas e armas ilegais.

Dessa forma, quem alerta sobre uma blitz, pode ser vítima da própria ação, destaca a tenente. “Ao divulgar uma blitz, você ou seus conhecidos podem ser atropelados por um condutor embriagado ou ser assaltados na esquina mais próxima”, afirma Etiene. “As pessoas revelam os locais de blitzes achando que podem ajudar um amigo que está com a CNH vencida, por exemplo, mas esquecem que, na verdade, estão beneficiando criminosos”, destaca.

Além disso, a divulgação de blitzes nas redes sociais dificulta todo o trabalho da polícia causando, inclusive, prejuízos financeiros para a população. “Empregamos várias pessoas e viaturas na operação. Quando uma blitz é divulgada, tudo isso vai por água abaixo”, lamenta a tenente.

Monitoramento

Assim como os espertinhos, a PM também monitora as redes sociais em busca de alertas de blitzes. Quando uma operação cai nas redes, rapidamente a polícia precisa se deslocar para outro lugar, despendendo tempo e dinheiro para isso.

Ainda segundo a tenente, o que se espera de todo cidadão é que esteja de acordo com o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com veículo regular e documentação em dia. Assim, ninguém precisa ter medo de passar por uma blitz, visto que a finalidade dessas operações é, justamente, proporcionar segurança à população.

Para que as pessoas se conscientizem sobre o assunto e não prejudiquem o trabalho da polícia, a PM utiliza justamente as redes sociais para promover campanhas de conscientização, além de ações em meios de comunicação.

Blitzes são realizadas todos os dias em Curitiba, em horários e locais variados. Até outubro deste ano, o BPTran efetuou 1.200 operações policiais deste tipo.

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