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Ideia é estimular conhecimento e criatividade
Ideia é estimular conhecimento e criatividade| Foto: Levy Ferreira/SMCS

Na próxima quarta-feira (12), terão início as aulas na rede municipal de Curitiba, em um ano que será atípico: apesar das eleições de outubro, não há previsão de grandes inaugurações na área educacional em 2020. Ao mesmo tempo em que mantém a estrutura já construída de escolas, centros municipais de educação infantil (CMEIs) e contratando centros de educação infantil (CEIs) particulares, o prefeito Rafael Greca aposta em um antigo xodó: o Farol do Saber – modelo de biblioteca escolar que ele inaugurou há 25 anos, quando ocupou a cadeira de prefeito pela primeira vez (1993-1997). Serão 12 equipamentos reinaugurados nos próximos meses, dentro de um projeto em que transformará todas as 33 unidades anexas a escolas em espaços de tecnologia e inovação.

Cada equipamento, que é reinaugurado como "Farol do Saber e Inovação" com muita celebração e presença do prefeito, recebe investimentos de cerca de R$ 100 mil em média, para reparos na estrutura metálica, em toldos, pisos, pintura e melhorias nas instalações elétricas. A verba também garante novos equipamentos, como impressoras 3D, que compõem o chamado “espaço maker”, ambientes que valorizam a produção criativa, o pensamento crítico, a autonomia e o trabalho colaborativo, dentro de uma cultura de “faça você mesmo”.

Apesar de funcionarem como extensão das escolas municipais – obedecendo inclusive, o calendário de aulas -, os faróis não são de uso exclusivo dos alunos desses estabelecimentos, explica a coordenadora de Tecnologias Digitais e Inovação da Secretaria Municipal de Educação, Estela Endlich. “As atividades ali desenvolvidas não são da grade fixa. São ofertadas no contraturno, não é obrigatório. As professoras mostram na escola, e os alunos interessados vão fazer. Mas podem vir alunos da escola [anexa], alunos da rede estadual, da rede particular. Muitas vezes, os pais e avós acompanham crianças nas oficinas. A perspectiva é de atender a comunidade como um todo”, afirma.

A prototipagem e impressão em 3D é um chamariz, mas há outras oficinas que estimulam a inovação e criatividade, como narrativas digitais, programação, vídeos. Segundo Estela, as professoras é que acabam determinando o trabalho a ser feito, a partir de propostas com diferentes metodologias. “Não fazemos nivelamento, determinando a oficina. Mas as professoras passam por formação que é acompanhada por nós da secretaria o ano todo. A gente fica antenado com várias instituições, universidades, o ano todo”, conta. A secretaria também atua para garantir equidade no tratamento e oferta de cursos entre os faróis. A equipe de Tecnologias Digitais é formada por 33 pessoas, das quais 4 mentoras, que fazem o acompanhamento direto com os professores.

Para as escolas municipais que não contam com farol anexo, a orientação é agendar visitas e usar uma parte da cota de ônibus a que tem direito para diferentes atividades pedagógicas ao longo do ano. Aquelas localizadas na Regional Matriz, que reúne os bairros centrais, não possuem o equipamento – os faróis foram construídos dentro da perspectiva de descentralização de bibliotecas. Para essas instituições, a opção mais próxima é o Laboratório Pedagógico de Inovação (LAPI), que fica dentro do prédio da SME e conta com as mesmas ferramentas de tecnologia e inovação para o treinamento dos docentes.

Laboratórios

Sem condições de levar um farol para cada uma das 185 escolas municipais, a SME conta com a criatividade e gestão dos servidores para disseminar o uso de novas tecnologias. “Outra iniciativa possível é fazer com que os laboratórios de informática evoluam para espaços de inovação, com microambiente de aprendizagem com diferentes ferramentas. A gente está dizendo que as escolas podem ter um espaço desse jeito, organizando materiais, como computadores, netbooks, lousa digital, kits de robótica e adquirindo outros. A gente dá a formação, mas cada um faz da maneira que achar melhor. Não está todo mundo fazendo a mesma coisa. É um movimento de inovação. Preciso de gente que fique pesquisando, outros que façam prototipagem, outro que faça um texto ou um vídeo sobre isso”, explica Estela.

Todas essas iniciativas fazem parte de um projeto maior da prefeitura, de manter Curitiba com o status de “cidade inteligente”. “Se nosso objetivo é que Curitiba avance como smart city, porque há muito a se fazer ainda, precisamos ter uma população que pense sobre essas coisas. Então preciso oferecer isso. É nosso dever oferecer projetos de inovação e tecnologia. Não estamos falando de futuro, estamos falando de presente”, completa.

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