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Dos 199 morcegos avaliados pela Unidade de Vigilância em Zoonoses de Curitiba em 2018, seis estavam contaminados com raiva. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Dos 199 morcegos avaliados pela Unidade de Vigilância em Zoonoses de Curitiba em 2018, seis estavam contaminados com raiva.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Depois de confirmar em agosto mais um caso de morcego contaminado com raiva em Curitiba, no bairro Orleans, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) emitiu um alerta para a população e clínicas veterinárias sobre os cuidados com estes animais. Além desta situação, outros cinco animais foram capturados entre janeiro e agosto deste ano nos bairros Centro, Ganchinho, Sítio Cercado, Cajuru e Bacacheri.

Para evitar a contaminação de pessoas e animais domésticos, a CCZ da prefeitura realizou visitas nas casas vizinhas e orientou os moradores do Orleans.Só em 2018, a CCZ já encaminhou 199 morcegos para exames de raiva, sendo que seis deram positivo. Os exames são feitos pelo Laboratório Central do Estado (Lacem). Caso haja suspeita de que uma pessoa esteja contaminada com raiva, ela deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para tratamento.

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O que fazer quando encontrar um morcego?

Para a médica veterinária Ana Paula Mafra Poleto, coordenadora da Unidade de Vigilância de Zoonoses do CCZ, apesar de os casos assustarem os moradores, a situação está dentro da incidência normal, o que não é motivo para dispensar cuidados. O primeiro passo para quem encontrar um morcego em casa é acionar a Central 156 pelo telefone ou pela internet. O mais importante é não tocar no bicho até que a equipe chegue, isolando a área e, se possível, também o morcego, debaixo de um balde, por exemplo. Também é importante isolar animais domésticos, como cães e gatos, para que não tenham contato com o morcego.

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“Assim como em anos anteriores, o vírus da raiva continua circulando. Por isso as precauções precisam ser mantidas. As pessoas precisam respeitar o animal que está em árvores ou voando e não devem mexer nos morcegos caídos ou doentes e nem matá-los. É preciso chamar o 156”, reforça Ana Paula.

Outra situação destacada é a importância de se manter a vacinação dos animais de estimação atualizada para evitar a proliferação da raiva, independente de eles morarem em casa ou apartamento. “Quando o morcego tem contato com um cão e ou um gato, a equipe verifica as vacinas e faz um reforço. Se o morcego tiver um resultado positivo, o bicho precisa ficar em observação por seis meses”

A especialista também enfatiza que não se deve matar o morcego. Primeiro, porque nem todos os animais estão contaminados com raiva. E, principalmente, porque eles têm um importante papel na natureza. “A maioria dos morcegos come insetos e tem um papel biológico importante também na disseminação das sementes”, reforça Ana Paula.

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